China promete segurança e eficácia em vacinação a ser realizada em todo o país

Beijing, 5 jan (Xinhua) -- O mecanismo conjunto de prevenção e controle contra a COVID-19 do Conselho de Estado da China pede uma inspeção rigorosa da qualidade, segurança e transporte sem problemas da cadeia fria das vacinas, assim como uma entrega oportuna e precisa, à medida que a primeira vacina desenvolvida pelo país obteve aprovação do mercado e a campanha de vacinação vai ser realizada de forma gradual em todo o território nacional.

A China sempre dá grande importância à segurança e eficácia das vacinas contra COVID-19. O mecanismo também enfatizou a importância de fornecer suporte e serviço médico. Aplica-se especialmente ao tratamento oportuno e à notificação de reações adversas durante a campanha de vacinação.

A Administração Nacional de Produtos Médicos também estabeleceu um sistema de informações de rastreabilidade para a administração das vacinas aprovadas.

A China aprovou o uso emergencial das vacinas contra COVID-19 em junho, visando os grupos com alto risco de infecção. No fim de novembro, mais de 1,5 milhão de doses de vacinas chinesas contra COVID-19 foram distribuídas para uso emergencial e 60 mil pessoas vacinadas viajaram para as regiões de alto risco, sem relatos de reações adversas graves.

Em 15 de dezembro, o país lançou oficialmente um programa de vacinação para o período de inverno-primavera, visando uma série de grupos-chave, incluindo aqueles envolvidos no manuseio de produtos importados da cadeia fria, funcionários alfandegários, trabalhadores médicos e pessoas que trabalham em transportes públicos e mercados de alimentos frescos. As vacinas contra a COVID-19 serão fornecidas gratuitamente a todos os chineses.

O número de doses de vacinação entre os grupos-chave ultrapassou 3 milhões. "As 3 milhões de doses de vacina, mais 1,5 milhão de doses anteriores, provam plenamente que as vacinas chinesas são seguras", disse Zeng Yixin, vice-chefe da Comissão Nacional de Saúde.

A reação adversa mais comum na inoculação foi dor no local da injeção, com menos de 0,1% de casos de febre leve. Cerca de dois casos por milhão encontraram reações adversas ligeiramente graves, como anafilaxia. Todas as reações são controláveis e foram bem tratadas em tempo hábil.

A China concedeu autorização condicional de comercialização para a primeira vacina contra COVID-19 em dezembro. A vacina inativada desenvolvida pelo China National Biotec Group (CNBG), subordinado à Sinopharm, mostrou eficácia de 79,34% contra a doença, de acordo com os resultados provisórios da terceira fase dos testes clínicos.

Usando microorganismos patogênicos mortos para aumentar a imunogenicidade, as vacinas inativadas têm vantagens de processo de produção maduro, padrões de qualidade controláveis e ampla faixa de proteção, de acordo com Wang Junzhi, pesquisador da Academia Chinesa de Engenharia.

A China estabeleceu uma base sólida para a pesquisa de vacinas inativadas nos últimos anos. Elas têm sido amplamente utilizadas para combater a hepatite A, gripe, doença da mão-pé-boca e poliomielite.

Estudos confiáveis mostram que as vacinas inativadas feitas na China podem ser armazenadas e entregues mais facilmente através do atual sistema da cadeia fria, indicando maior acessibilidade sem custo extra de entrega, de acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

Algumas outras vacinas aprovadas em todo o mundo têm requisitos de cadeia fria mais rígidos. Por exemplo, a vacina contra COVID-19 desenvolvida pela empresa norte-americana Pfizer e pela empresa alemã BioNTech deve ser armazenada a uma temperatura de 70 graus Celsius negativos.

A China adotou cinco abordagens tecnológicas no desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19 e cinco vacinas estão passando pela terceira fase de testes clínicos.

Os imunizantes em questão incluem duas vacinas inativadas desenvolvidas pelo CNBG, uma inativada desenvolvida pela Sinovac Biotech, uma de vetor de adenovírus desenvolvida pela Academia de Ciências Militares e CanSino Biologics Inc., e outra de subunidade recombinante conjuntamente desenvolvida pela Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical Co., Ltd. e o Instituto de Microbiologia subordinado à Academia Chinesa de Ciências.

Alguns países, incluindo os Emirados Árabes Unidos e Bahrein, aprovaram o registro da vacina inativada chinesa de acordo com os padrões técnicos da Organização Mundial da Saúde. O Egito licenciou a vacina contra COVID-19 inativada da China para uso emergencial no sábado. Países como Brasil, Indonésia, Turquia, Chile e Malásia encomendaram vacinas desenvolvidas pela Sinovac Biotech.

"A China vacinará a população elegível o mais amplamente possível e, gradualmente, construirá uma barreira imunológica em toda a população para controlar a epidemia", disse Zeng. Ele acrescentou é necessária uma taxa de vacinação de 60% ou mesmo 70% para estabelecer a proteção universal.