Suprema Corte brasileira prorroga investigação contra o presidente Jair Bolsonaro por mais 60 dias

2020-11-28 16:40:23丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 27 nov (Xinhua) -- O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil prorrogou nesta sexta-feira, por mais 60 dias, as investigações sobre a suposta interferência do presidente do país, Jair Bolsonaro, no comando da Polícia Federal.

O juiz do STF Alexandre de Moraes decidiu prorrogar as investigações e além disso, deu cinco dias ao procurador geral, Augusto Aras, para que se pronuncie sobre a necessidade de que Bolsonaro preste depoimento.

Na quinta-feira, a Advocacia Geral da União (AGU) enviou documento ao STF no qual informou o desejo de Bolsonaro de "declinar do meio de defesa que lhe foi dado unicamente por meio presencial".

O caso se refere ao mês abril, quando o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, acusou Bolsonaro de querer interferir na direção da Polícia Federal (PF) para poder controlar investigações que afetavam a seus filhos.

Moro era o ministro de Justiça de Bolsonaro e depois do pedido do presidente para mudar o diretor-geral da PF, apresentou sua renúncia, algo que causou uma grande polêmica no Brasil.

Segundo Moro, Bolsonaro lhe expressou sua preocupação pelas investigações que estão abertas no STF nas quais ele e seus filhos aparecem e disse que tinha interesse em mudar o diretor da Polícia Federal para freá-las.

Segundo a lei brasileira, o presidente da República só pode responder perante a Justiça por atos que tenham ocorrido durante seu mandato. No caso de Bolsonaro, trata-se de fatos que ocorreram desde sua chegada à Presidência, o que permite que a Procuradoria geral possa investiga-lo e denunciá-lo.

Caso algum juiz do STF autorize a investigação, faltaria o Procurador Geral denunciar Bolsonaro, levando o caso à Câmara dos Deputados que deverá votar se aceita ou não o pedido. Se for aceito, Bolsonaro poderia perder o cargo.

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