Governo brasileiro descarta prorrogar em 2021 ajuda econômica oferecida durante a pandemia
Rio de Janeiro, 23 nov (Xinhua) -- O governo brasileiro descartou nesta segunda-feira que prorrogará em 2021 o auxílio emergencial concedido desde maio a milhões de trabalhadores informais para enfrentar o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que existem pressões para que o auxílio continue no ano que vem, embora assegurou que não será necessário porque "a economia está voltando com muita força".
"A ideia é que o auxílio de emergência seja extinto ao terminar o ano. A economia está voltando com força, a doença está cedendo. Não estou falando de duas ou três semanas, estou dizendo que de 1.300 ou 1.400 mortes diárias, a cosa caiu para 300, 250", disse Guedes em um evento virtual.
O responsável pela economia brasileira admitiu que recentemente as mortes diárias "voltaram a 350. É uma tragédia de dimensões imensas, é terrível esta epidemia que se abateu sobre o Brasil. Contra a evidência empírica, não há muito argumento. Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força", acrescentou.
Em abril, o governo brasileiro concedeu um auxílio emergencial no valor de 600 reais (US$ 110) aos trabalhadores informais. Devido a seu êxito, o auxílio foi prorrogado por mais dois meses e posteriormente reduzido à metade durante os quatro últimos meses do ano.
No total, mais de 67 milhões de brasileiros receberam o auxílio, que ajudou muita gente a deixar a situação de extrema pobreza, o que fez muitas pessoas pedir que o governo mantenha a ajuda em 2021.
"Do ponto de vista do governo, não existe a prorrogação do auxílio emergencial. É evidente que há muita pressão política para que isso ocorra. É evidente que há muitas pessoas falando da segunda onda e nós estamos preparados para reagir diante de qualquer evidência empírica", disse Guedes.
"Se houver uma evidência empírica, se o Brasil tiver de novo mil mortes, uma segunda onda, efetivamente, já sabemos como reagir, já sabemos os programas que funcionam melhor", afirmou o ministro da Economia.
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