Todos os distritos chineses restantes saem da lista de pobreza

2020-11-24 10:45:04丨portuguese.xinhuanet.com

(Xinhua/Yang Ying)

Guiyang, 24 nov (Xinhua) -- A China conseguiu retirar todos os distritos carentes que restavam no país da pobreza.

Os últimos nove distritos pobres, todos na Província de Guizhou, no sudoeste da China, saíram da pobreza absoluta, anunciou o governo provincial nesta segunda-feira. Isto significa que todos os 832 distritos pobres registrados na China saíram da pobreza.

Segundo uma avaliação realizada por agências terceirizadas no início deste mês, a incidência geral de pobreza nos nove distritos de Guizhou foi reduzida a 0%, e a taxa de satisfação entre os moradores locais ficou em mais de 99%, disse Li Jian, diretor do departamento provincial de alívio da pobreza e desenvolvimento, em uma coletiva de imprensa.

A renda líquida média anual da população carente nesses nove distritos subiu para 11.487 yuans (US$ 1.740), bem acima da linha de pobreza nacional de 4 mil yuans definida este ano, apontou Li.

A China prometeu erradicar a miséria absoluta em 2020. Até o final de 2019, 52 distritos no noroeste, sudoeste e sul do país ainda estavam na lista de pobreza.

Desde o início deste mês, todos os distritos carentes da Região Autônoma Uygur de Xinjiang, Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, Região Autônoma da Etnia Hui de Ningxia, bem como das províncias de Yunnan, Sichuan e Gansu foram retirados da pobreza.

Guizhou, que antes era a região de nível provincial com a maior população pobre, tirou mais de 9 milhões de pessoas desta situação desde 2012.

"A retirada de todos os distritos carentes da pobreza indica que a China solucionou a questão milenar da pobreza extrema", comentou Gao Gang, pesquisador da Academia de Ciências Sociais de Guizhou.

Neste novo estágio de desenvolvimento, mais esforços de revitalização rural devem ser feitos para consolidar os êxitos de alívio da pobreza, disse Gao.

O distrito autônomo da etnia Tujia de Yanhe é um dos nove recentemente removidos da lista de pobreza. No final de outubro, Chen Maofu, morador da vila de Bianjiang em Yanhe, assinou seu nome em um documento que certifica que sua família foi tirada da pobreza.

"Meus dois filhos agora trabalham na Província de Zhejiang e estão muito melhores do que antes", disse Chen, observando que cada um de seus cinco membros da família tem uma renda líquida anual de mais de 10.000 yuans.

O padrão de vida atual dos residentes em Bianjiang contrasta fortemente com o de 2014, quando 699 pessoas estavam registradas como pobres.

"O transporte deficiente era o principal motivo da pobreza em Bianjiang. A única maneira de sair da aldeia era uma trilha estreita perto do penhasco de uma montanha", disse Chen.

À medida que a China intensificou seus esforços para a redução da pobreza nos últimos anos, mais estradas foram construídas ligando a aldeia ao mundo exterior. Até mesmo a trilha que leva à casa de Chen foi pavimentada.

Como resultado do aprimoramento do transporte, as indústrias de pesca, criação de galinhas e plantação de crisântemo começaram a prosperar na aldeia, proporcionando aos moradores uma renda crescente.

Com a eliminação da pobreza absoluta neste ano, a China alcançará a meta da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável 10 anos antes do previsto.

Nos últimos 40 anos de reforma e abertura, mais de 700 milhões de pessoas foram retiradas da pobreza no país, representando mais de 70% da redução global da miséria.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou o sucesso da China nesta questão, considerando as conquistas "muito fortes".

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