Empresas brasileiras de alimentos e bebidas buscam ampliar negócios na 3ª CIIE da China

2020-11-07 19:39:44丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 6 nov (Xinhua) -- As 22 empresas brasileiras representativas do setor de alimentos e bebidas que participam da 3ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês), que se realiza em Shanghai, de 5 a 10 de novembro, esperam ampliar os negócios com o país asiático, maior parceiro comercial de Brasil.

Em entrevista por e-mail para a Xinhua nesta quinta-feira, o Contra-almirante Sergio Segovia, presidente da Agência Brasileira de Promoção do Comércio e Investimentos (Apex-Brasil), ressaltou que o Brasil e a China têm uma relação comercial consolidada e "ainda há muito espaço para fortalecer esses laços".

"Para a Apex-Brasil, a CIIE é uma excelente oportunidade para as empresas brasileiras porque proporciona um contato muito estreito tanto com o público chinês em geral, como com profissionais especializados e possíveis parceiros comerciais. É uma oportunidade para que as empresas testem a aceitação de seus produtos e aumentem a visibilidade de suas marcas", afirmou.

Na primeira edição da CIIE, em 2018, o Brasil participou com mais de 70 empresas de diferentes setores, e no ano passado, os expositores brasileiros do segmento de alimentos e bebidas aproveitaram o evento para apresentar seus produtos, através de degustações e aulas sobre sua fabricação.

"A CIIE é um exemplo de como a China é um país aberto aos negócios e integrado nas cadeias de valor mundiais. Trata-se de um enorme mercado de consumo, e as empresas brasileiras conhecem cada vez melhor este mercado, tratando sempre de explorar as oportunidades de promoção comercial que o país oferece", considerou.

"Este ano teremos empresas que já levam um tempo operando no mercado chinês, com uma presença consolidada, expondo em nosso pavilhão. Também teremos companhias com produtos tipicamente brasileiros como o açaí. Outros segmentos que entendemos ter um grande potencial, como a proteína animal, o café e o mel, só para mencionar alguns, que estarão muito bem representados", ressaltou Segovia.

As restrições às viagens e à circulação de produtos levaram a uma menor participação das empresas brasileiras, mas a Apex-Brasil manteve o apoio aos produtos brasileiros, oferecendo a oportunidade de participação remota através de vitrines e ferramentas digitais.

"Além disso, como começamos a planejar com antecedência, recomendamos que as empresas participassem através de distribuidores ou representantes locais, cuidando principalmente da saúde dos empresários e tratando de evitar mudanças de última hora devido a essas restrições", explicou Segovia.

"Apesar das complicações da pandemia, teremos um bom número de empresas brasileiras participando: já temos 22 empresas confirmadas, com estandes físicos ou a distância. E, mesmo com uma expectativa menor de visitantes, entendemos que o público será mais qualificado e focado. Esperamos que as empresas brasileiras possam fazer bons negócios", disse.

"A China é o principal parceiro comercial do Brasil, tanto no que se refere ao destino das nossas exportações como à origen das nossas importações. Assim, além dessa relação comercial consolidada, estamos seguros de que ainda há muito espaço para fortalecer esses laços. Acreditamos quer o Brasil tem as melhores condições para contribuir para a segurança alimentar da China, com produtos sustentáveis, saudáveis e seguros", acrescentou.

Para Segovia, a relação comercial e econômica entre Brasil e China tende a se intensificar com o reinício do crescimento econômico na etapa posterior à pandemia.

"Existe uma complementaridade dos produtos que são comercializados entre os países. Espera-se que este reinício ocorra muito rapidamente à medida que a situação se normalize. Um dos campos nos quais vemos boas oportunidades é o do investimento estrangeiro", sinalizou.

O presidente da Apex lembrou que o Brasil está realizando um processo de reforma de sua economia, com perspectivas positivas de crescimento e várias oportunidades para os investidores internacionais.

"Nesse contexto, estamos seguros de que a China estará muito interessada nos diversos projetos que estão ou entrarão no oleoduto, em segmentos estratégicos como a energia, a infraestrutura e a agroindústria", concluiu.

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