Advogados de Meng Wanzhou da Huawei recebem permissão para alegar que EUA enganaram Canadá

2020-10-31 19:43:12丨portuguese.xinhuanet.com

Vancouver, 30 out (Xinhua) -- Uma juíza da Suprema Corte da Colúmbia Britânica concordou nesta quinta-feira em permitir que os advogados da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, prossigam com sua alegação de que os Estados Unidos enganaram o Canadá sobre os fundamentos do caso.

Em uma decisão publicada na internet nesta quinta-feira, Heather Holmes, a juíza-chefe do tribunal disse que havia "um ar de realidade nas alegações de Meng sobre abuso de processo em relação à conduta do estado solicitante".

Em audiências anteriores no tribunal, os advogados de Meng disseram que as evidências eram suficientemente fortes para provar que os Estados Unidos omitiram componentes-chave do caso que minam as alegações de fraude contra ela.

Em sua decisão, Holmes disse que permitirá que duas declarações dos slides desaparecidos sejam incluídas como provas no caso de extradição.

Holmes divulgou a decisão enquanto os advogados de Meng estavam reunindo evidências relacionadas à segunda linha de argumento de que houve abuso de processo: a alegação de que seus direitos foram violados no momento da sua prisão.

Meng foi presa em 1º de dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional de Vancouver a pedido dos Estados Unidos, que têm buscado sua extradição por fraude. Tanto Meng quanto a Huawei negaram repetidamente qualquer irregularidade.

Em audiências anteriores, os advogados de Meng argumentaram que as autoridades canadenses e norte-americanas cometeram abuso de processo ao interrogar Meng antes da sua prisão.

Os advogados disseram que as irregularidades cometidas pelos oficiais da Polícia Montada Real Canadense e da Agência de Serviços de Fronteira do Canadá (CBSA), que detiveram e prenderam Meng, significaram que a promotoria canadense não deveria ser capaz de ocultar certos detalhes do seu planejamento da vista do público.

Eles alegaram que as autoridades dos EUA e do Canadá conspiraram para violar seus direitos no momento da sua prisão quando a CBSA a deteve e a interrogou sem que ela tivesse um advogado e ao ter apreendido seus dispositivos eletrônicos.

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