Comentário: 14º Plano Quinquenal da China é importante para resposta global às mudanças climáticas
Beijing, 28 out (Xinhua) -- A China prometeu atingir o pico de emissões de CO2 antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060. Para atingir estas metas, delinear medidas para este fim será um passo significativo no 14º Plano Quinquenal do país.
A meta de intensidade de carbono está prevista para ser definida para o período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025) de acordo com as de emissão de carbono, e serão elaborados planos específicos para enfrentar à mudança climática, de acordo com o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente.
Como a China vinculou sua promessa de carbono a um ano específico de combate à mudança climática, alguns críticos ocidentais questionaram sua capacidade de cumprir as metas ao alcançar ao mesmo tempo o crescimento econômico.
A China é um país que mantém sua palavra. Uma vez finalizado o plano quinquenal, o país - do governo central aos governos locais - assegurará sua implementação. Por exemplo, oito dos nove objetivos relacionados ao ambiente ecológico definidos no 13º Plano Quinquenal foram cumpridos antes do previsto. Quanto ao restante, espera-se que 337 cidades tenham uma boa qualidade atmosférica durante mais de 84,5% dos dias até 2020, conforme o planejado.
A pandemia da COVID-19 e uma recessão global têm representado grandes desafios às perspectivas de crescimento, mas a China não deixará que a incerteza prejudique os esforços do país de promover o desenvolvimento verde e enfrentar a mudança climática. Enquanto busca um desenvolvimento de qualidade, o país não cruzará os limites da proteção ambiental nem facilitará os regulamentos por causa das preocupações com as consequências econômicas e sociais.
O governo não tem subestimado os desafios para alcançar o progresso ecológico a longo prazo. Para atingir a neutralidade de carbono até 2060, os sistemas sociais, econômicos, energéticos e tecnológicos precisam se adaptar e se transformar. É importante considerar o impulso à transição ecológica como uma fonte de crescimento e não como um obstáculo para a economia. Os formuladores de políticas aproveitarão as oportunidades históricas apresentadas pela nova rodada de revolução científica e tecnológica para promover a transformação e atualização das estruturas econômicas, energéticas e industriais.
Por exemplo, o governo chinês aprovou um plano no início de outubro para impulsionar a indústria de veículos de nova energia. A China vai acelerar o desenvolvimento dos mercados nacionais de carbono, dar continuidade aos programas piloto de baixo carbono e lançar projetos piloto para investimento e financiamento. Sua revisão da lei de proteção ambiental, considerada "a mais rígida" da história, elevou a repressão às violações ambientais.
Como o maior país em desenvolvimento do mundo, a China tem participado ativamente da gestão ambiental global e está disposta a assumir obrigações que correspondam ao seu nível de desenvolvimento. Caso a China alcance a neutralidade de carbono antes de 2060, isso ajudaria a reduzir as projeções do aquecimento global em cerca de 0,2 a 0,3 graus Celsius, apontou um novo estudo do Climate Action Tracker, um instituto sem fins lucrativos especializado em ciências e políticas climáticas sediado em Berlim.
A China prioriza o progresso ecológico em todas as dimensões e fases do desenvolvimento econômico e social, trazendo enormes oportunidades para empresas estrangeiras, incluindo, mas não se limitando aos grandes projetos de energia limpa do país em que empresas estrangeiras podem investir, além da tecnologia de prevenção e controle da poluição do ar e suas aplicações comerciais.
A humanidade não pode mais ignorar os sucessivos avisos da natureza e seguir pelo caminho já trilhado de extração de recursos sem investir em conservação e buscar o desenvolvimento à custa da proteção. Assim como a luta contra a pandemia, são necessários esforços colaborativos internacionais para limitar o aquecimento global. A China tem adotado medidas para potencializar tais esforços em prol de um mundo mais verde na era pós-COVID.
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