Pesquisa brasileira investigará transmissão de COVID-19 entre homens e animais
Rio de Janeiro, 25 out (Xinhua) -- Seis universidades brasileiras iniciaram um estudo conjunto para saber como animais domésticos podem se contagiar pelo novo coronavírus e entender os riscos de transmissão entre humanos e animais.
Financiado pelos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, o estudo durará 48 meses, nos quais serão analisados 1.000 gatos e cachorros cujos donos deram positivo para a COVID-19.
Em declarações à Xinhua, o veterinário e coordenador do estudo, Alexandre Biondo, explicou que "o que queremos demonstrar nesse estudo é o que está sendo uma tendência no mundo, que os cachorros e gatos acabam tendo pouco apelo epidemiológico na transmissão da COVID-19 entre os humanos e que não são muito suscetíveis ao vírus".
A pesquisa será realizada pelas Universidade Federal de Paraná (UFPR) em Curitiba, Universidade de Santo Amaro (UNISA) em São Paulo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em Campo Grande, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em Belo Horizonte, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE) em Recife e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá.
Todas realizarão testes gratuitos por swab (coleta de amostra viral de orofaringe e nasofaringe) e sorológicos em gatos e cachorros das seis capitais citadas.
"Realizaremos dois testes, com amostras biológicas coletadas com uma diferença de sete dias, entre animais cujo dono esteja em isolamento domiciliar, com diagnóstico de COVID-19 confirmado", acrescentou Biondo.
Segundo o veterinário, "é importante ressaltar que os animais são vítimas como nós, não transmitem o vírus de maneira alguma e podem nos ensinar muito. Os animais não têm COVID-19 mas sim uma infecção transitória pelo vírus. Quase todos se recuperam muito rapidamente, e queremos saber por que se recuperam tão rápido e usar essa informação para o bem-estar humano".
O estudo será o primeiro desse tipo em um país tropical. Anteriormente, houve uma análise parecida na Itália, no qual não houve nenhum positivo por COVID-19 nos animais, embora 3,4% dos cachorros e 3,9% dos gatos apresentaram anticorpos contra o vírus.
"Esse estudo é importante porque nos ajudará a fazer um acompanhamento e entender que o vírus pode sofrer mutações dependendo de cada região. Não acreditamos que vai estimular as pessoas a abandonar os animais, pelo contrário, esperamos mostrar que não há motivos para temer um possível contágio a partir de cachorros e gatos", acrescentou.
Em outubro foi diagnosticado o primero caso no Brasil de um animal infectado pela COVID-19, uma gata na cidade de Cuiabá.
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