Observatório Econômico: Multinacionais destacam papel de Shanghai na recuperação socioeconômica global

Shanghai, 18 out (Xinhua) -- No Conselho Consultivo de Líderes Empresariais Internacionais para o Prefeito de Shanghai (IBLAC, em inglês) 2020, vários diretores de empresas multinacionais destacaram o papel de Shanghai na recuperação econômica e social global.

Para o presidente da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), John Elkann, a COVID-19 é o "teste final" para muitas empresas e cidades. Como importante membro da rede global de cooperação antiepidêmica, Shanghai se tornará mais poderosa por causa de sua cooperação internacional no combate à epidemia.

No primeiro semestre deste ano, a FCA reequipou suas instalações de fabricação de Comau na China, com uma capacidade de produção mensal de 3 milhões de máscaras em duas linhas. A mudança ajudou a fábrica não apenas a melhorar a prevenção e controle da epidemia e retomar as principais atividades de produção em pouco tempo, mas também ajudou a planta a se tornar um fornecedor estável de suprimentos médicos para sua matriz italiana.

Com a ajuda do governo chinês, as filiais e fábricas da gigante tecnológica global ABB em toda a China retomaram gradualmente suas operações a partir de 10 de fevereiro. Em março, a ABB também retomou a construção de sua nova unidade de robótica em Shanghai, representando um investimento estrategicamente significativo na China.

Não houve casos confirmados de COVID-19 entre os funcionários da ABB na China, e as operações comerciais não foram grandemente afetadas pela pandemia.

"Temos testemunhado o papel grande e de rápido crescimento que as tecnologias digitais podem desempenhar para ajudar as cidades a navegar em tempos difíceis e incertos, especialmente durante a crise mundial da COVID-19. Estas tecnologias aumentarão a resiliência da infraestrutura urbana e a eficiência do mecanismo de resposta emergencial", disse o presidente da ABB Ltd, Peter Voser.

Na opinião de Carmine Di Sibio, presidente e CEO da Ernst & Young Global, a China foi o primeiro país a vivenciar a pandemia e alcançar a recuperação econômica.

Shanghai lançou uma série de medidas para otimizar o ambiente de negócios e estimular o consumo de mercado no processo de prevenção e controle da epidemia, permanecendo atraente para o investimento estrangeiro em meio à recessão econômica global e ao declínio dos rendimentos, afirmou Di Sibio.

"A pandemia nos trouxe de volta à ordem econômica internacional". Shanghai tem feito um trabalho notável quando se trata da segurança da cidade e está estabelecendo um padrão internacional exemplar para a facilidade de se fazer negócios. A longo prazo, a China oferece tremendas oportunidades de investimento e crescimento", disse.

De acordo com Jean-Pascal Tricoire, presidente e CEO da Schneider Electric, através do desafio da pandemia, a digitalização como uma das principais tendências tecnológicas está redefinindo o futuro da indústria. Shanghai conta com um ecossistema industrial perfeito e abrangente, com vantagens únicas em liderar a digitalização da cadeia de valor.

Estatísticas da Comissão Municipal de Comércio de Shanghai mostraram que, nos primeiros oito meses deste ano, o investimento estrangeiro direto real na cidade foi de US$ 13,88 bilhões, um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Até o final de agosto, Shanghai abrigava 754 sedes regionais e 473 centros de pesquisa e desenvolvimento.

Através do IBLAC, iniciado no final dos anos 1980, líderes empresariais internacionais e dirigentes do governo municipal de Shanghai discutiram o grande plano de abertura de Shanghai e promoveram conjuntamente o desenvolvimento socioeconômico da metrópole chinesa.