Pesquisa revela possíveis 75 mil óbitos por COVID-19 não relatados nos EUA

Los Angeles, 12 out (Xinhua) -- Os óbitos relacionados à pandemia de COVID-19 podem estar sendo subnotificados nos EUA, com quase 75 mil casos fatais omitidos de março a julho, revela uma pesquisa publicada no Jornal of the American Medical Association, nesta segunda-feira.

Os pesquisadores da Virginia Commonwealth University, em Richmond, na atualização de uma análise anterior sobre a lacuna entre as mortes observadas e estimadas, apontaram que o número de óbitos por COVID-19 nos EUA pode ser 75 mil mais alto do que o registro anterior entre março e julho.

Conforme as pesquisas anteriores, as fatalidades notificadas publicamente subestimaram o número total de óbitos, que deve incluir as mortes documentadas e não documentadas pelo vírus, bem como as não causadas por COVID-19, mas por interrupções geradas pela pandemia, indicou a pesquisa.

Ao examinar as declarações de óbito, os pesquisadores descobriram que, entre as 225.530 mortes relacionadas à pandemia, apenas 150.541, ou 67%, foram oficialmente atribuídas à COVID-19 no período de março a julho.

A pandemia pode ter causado quase 75 mil mortes a mais de forma indireta, concluiu a pesquisa.

O estudo também observou um aumento nas mortes atribuídas a causas diferentes da COVID-19 durante as primeiras semanas da pandemia e duas delas "atingiram uma significância estatística".

Entre as semanas encerradas em 21 de março e 11 de abril, as taxas de mortalidade por doenças cardíacas nos EUA registram uma alta impulsionada pelo aumento repentino nos casos de COVID-19. Além disso, durante o mesmo período e entre as semanas encerradas em 6 de junho e 25 de julho, as taxas de mortalidade por doença de Alzheimer / demência dobraram no país, segundo a pesquisa.