Novo estudo sugere que grande parte dos primeiros casos de COVID-19 em Los Angeles vieram da Europa
Los Angeles, 10 out (Xinhua) -- Pesquisadores americanos rastrearam o início do surto da COVID-19 em Los Angeles e descobriram que a maioria dos primeiros casos veio da Europa, de acordo com um novo estudo publicado esta semana.
O estudo, publicado no Journal of the American Medical Association, visa determinar as rotas de transmissão do SARS-CoV-2 para o sul da Califórnia e elucidar a comunidade local dentro da área metropolitana de Los Angeles.
Pesquisadores examinaram em 192 pacientes com resultados positivos no teste RT-PCR (Transcrição Reversa-Polimerase em Cadeia) para o SARS-CoV-2, que foram analisados no Centro Médico Cedars-Sinai em Los Angeles, de 22 de março a 15 de abril.
Após sequenciar os genomas virais do SARS-CoV-2 das amostras dos pacientes, os pesquisadores compararam Los Angeles separadamente com os genomas da subamostragem global e da cidade de Nova York, do estado de Washington e da China para determinar as potenciais fontes de disseminação viral.
Descobriram que 82% das amostras isoladas do SARS-CoV-2 de Los Angeles apresentavam semelhanças mais próximas com as originárias da Europa, enquanto 15% eram provenientes da Ásia.
Estas descobertas sugerem que os genomas do SARS-CoV-2 em Los Angeles são predominantemente relacionados com os isolados originários da Europa, que são similares às distribuições de estirpes virais na cidade de Nova York, de acordo com o estudo.
"Quando analisamos nossa atual população local de Los Angeles, (descobrimos) que mais de 80% dos casos realmente compartilhavam uma maior similaridade com a cepa encontrada em Nova York, que sabemos ser realmente originária da Europa", explicou a cientista genética Jasmine Plummer, do Cedars-Sinai.
Em julho, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos divulgaram um relatório indicando que as sequências da maior parte dos primeiros espécimes positivos do SARS-CoV-2 na cidade de Nova York se assemelhavam às que circulavam na Europa, sugerindo prováveis introduções do vírus a partir do continente europeu, de outros locais dos EUA e de introduções locais dentro de Nova York.
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