Política de "dupla circulação" ajuda a impulsionar o crescimento econômico global
Beijing, 22 set (Xinhua) -- O foco estratégico da China no fortalecimento da autossuficiência ao mesmo tempo em que aprofunda a abertura aumentará sua resiliência econômica e impulsionará o crescimento econômico global, observaram economistas.
A análise deles veio após o compromisso recentemente reforçado do país em estabelecer um padrão de desenvolvimento de "dupla circulação", em que os mercados interno e externo se complementam e se reforçam, tendo o mercado interno como esteio.
A circulação dupla é vista como uma escolha estratégica e de benefício mútuo para a China remodelar sua cooperação internacional e nova vantagem competitiva, disse o renomado economista Justin Yifu Lin, reitor honorário da Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Peking.
Isso não significa que o país fechará suas portas para o mundo exterior. Em vez disso, a circulação doméstica e a circulação internacional se complementarão. Um mercado interno mais aberto não fará nada além de contribuir para a economia mundial, disse Lin.
Ele observou que a dupla circulação subjacente à mensagem de um reequilíbrio da economia, passando de uma impulsionada pelas exportações e investimentos para uma mais focada na demanda interna.
Nos últimos anos, o crescimento do consumo respondeu por mais da metade do crescimento total da China, com o papel das exportações diminuindo drasticamente, de acordo com Lin.
Essa mudança de orientação está de acordo com a busca da China por um desenvolvimento de alta qualidade e uma abertura de alto nível e oferecerá um forte impulso ao comércio global e à economia mundial, disse Lin.
Analistas dizem que, enquanto a China continua suas trocas econômicas com outros países, seu mercado interno, à medida que cresce, naturalmente exigirá mais importações e facilitará o acesso de investidores estrangeiros a ele.
Zhu Min, presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Financeira da Universidade Tsinghua, disse que a China provou ser um importante motor do crescimento econômico global, já que a economia mundial sofre com o impacto da pandemia da COVID-19.
A China registrou um crescimento anual de 3,2% no segundo trimestre, recuperando-se de uma contração de 6,8% no primeiro trimestre e tornando-se a primeira grande economia a retornar ao crescimento em todo o mundo, assinalou Zhu, acrescentando que isso destacou a grande resiliência e a vitalidade da economia chinesa.
Na verdade, a sólida recuperação econômica do país da epidemia da COVID-19 dificilmente pode ser ignorada. Os dados mais recentes mostram que a produção industrial da China cresceu a um ritmo mais rápido em agosto, enquanto as vendas no varejo, principal indicador do consumo, aumentaram pela primeira vez este ano.
Outros principais indicadores, incluindo o índice de gerentes de compras, o consumo de eletricidade e as vendas de escavadeiras, apontaram para uma maior recuperação das atividades econômicas depois que o país controlou a epidemia da COVID-19.
A China continua a desempenhar um papel central na economia mundial, e a tendência positiva de longo prazo da economia chinesa não mudará, afirmou Zhu. "A China fará contribuições ainda maiores para a economia mundial."
Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:
Telefone: 0086-10-8805-0795
Email: portuguese@xinhuanet.com