(Multimídia) Liderança responsável e boa cidadania são determinantes para amenizar impacto da COVID-19, diz relatório da ONU

2020-09-15 13:33:27丨portuguese.xinhuanet.com

Um trabalhador médico coleta uma amostra de cotonete para teste de COVID-19 em Mumbai, cidade capital de Maharashtra da Índia, em 12 de setembro de 2020. (Str/Xinhua)

Nações Unidas, 14 set (Xinhua) -- A liderança responsável e a boa cidadania têm sido os principais determinantes para amenizar o impacto da COVID-19, de acordo com um relatório apoiado pela ONU publicado nesta segunda-feira.

"Os sistemas são tão eficazes quanto as pessoas que os usam", aponta o estudo intitulado "Um Mundo em Desordem", emitido pelo Global Preparedness Monitoring Board (GPMB), um órgão independente de monitoramento e responsabilização que se prepara para crises globais de saúde.

O documento conclui que, embora a COVID-19 tenha demonstrado a profunda interconexão do mundo através da economia, comércio, informação e viagens, um dos maiores desafios para vencer a pandemia tem sido a cooperação multilateral vacilante.

"Vírus não respeitam fronteiras. A única saída dessa pandemia devastadora é ao longo do caminho da ação coletiva, que exige um sistema multilateral forte e eficaz", disse a co-presidente do GPMB, Gro Harlem Brundtland, que também atuou como diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1998 a 2003.

"O sistema da ONU, que inclui a OMS, foi criado após a Segunda Guerra Mundial e ajudou a tornar o mundo um lugar melhor para bilhões de pessoas", lembrou ela, acrescentando que este sistema "precisa ser defendido, fortalecido e revitalizado, não atacado e minado".

A pandemia não só ligou um holofote sobre a fragilidade dos sistemas de saúde do mundo, mas também sobre a economia global, ressaltando a urgência de investir em preparação para evitar tragédias semelhantes no futuro, salienta o relatório.

Para trazer de volta a ordem em meio a este caos, o documento destaca as ações necessárias para conter a pandemia e evitar a próxima catástrofe, que exige liderança responsável, cidadania engajada, sistemas de segurança de saúde fortes e ágeis, investimento sustentado e governança global robusta para a preparação.

"Esta não será a última pandemia, nem a última emergência global de saúde", alertou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que "com os investimentos políticos e financeiros certos agora, podemos prevenir e mitigar futuras pandemias e proteger nosso futuro e o futuro das gerações futuras."

Foto tirada em 22 de janeiro de 2020 mostra o exterior da sede da Organização Mundial da Saúde em Genebra, Suíça. (Xinhua/Liu Qu)

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