Guerra econômica dos EUA contra China terá impacto "gigantesco", diz revista The Economist

2020-08-17 16:49:50丨portuguese.xinhuanet.com

Nova York, 17 ago (Xinhua) -- O impacto de "uma escalada na guerra econômica" entre os Estados Unidos e a China "pode ser gigantesco", segundo um artigo recente da revista The Economist.

Citando uma estimativa do Deutsche Bank, o texto aponta que "a perda de receitas na China, a despesa de mover fábricas para fora do país e a conformidade com os padrões divergentes das tecnosferas chinesas e americanas podem custar às empresas de tecnologia globais US$ 3,5 trilhões nos próximos cinco anos."

"Uma grande parte dessa carga" recairia sobre as empresas americanas, acrescenta o artigo publicado no sábado.

O texto cita um empresário de tecnologia da parte continental chinesa preso nos Estados Unidos devido à COVID-19, que disse que seus sócios norte-americanos "continuam com desejo de fazer negócios", mas seus advogados o advertiram de "dois a três anos de tensão".

"Nenhuma entidade estrangeira na América está totalmente segura" após o caso "arbitrário" da TikTok, disse ele.

As empresas americanas têm "negócios robustos e crescentes na China", destaca o artigo, citando exemplos de que a General Motors "vende mais carros na China do que nos Estados Unidos", e que uma empresa de pesquisa estima que a Tesla pode produzir entre 25% e 40% de seus carros elétricos na China em 2021.

O texto também se refere a uma pesquisa recente do Conselho de Negócios EUA-China, um grupo comercial que representa mais de 200 empresas americanas que fazem negócios com a China, que mostrou que mais seus membros "agora consideram a China uma prioridade estratégica e prioridade top-cinco do que em 2019", e que" poucos planejam sair da China ".

Uma vez que a China ocupa mais de 25% das vendas globais em uma ampla esfera de setores, incluindo componentes eletrônicos e varejo online, "as maiores vítimas da dissociação seriam os gigantes de tecnologia americanos, muitos dos quais dependem fortemente" da demanda e dos fornecedores chineses, observa.

Se a ordem executiva do presidente Donald Trump forçar as empresas americanas a interromperem as atividades comerciais com a empresa de tecnologia chinesa Tencent, controladora do aplicativo de mensagens e mídia social WeChat, a Apple "será forçada a bloquear" a versão chinesa do aplicativo Weixin, alerta o artigo.

"Se isso acontecer, os usuários chineses de smartphones escolherão o Weixin em vez dos iPhones", prevê a publicação, citando um analista da Apple para dizer que "uma proibição severa pode levar a um declínio global nas vendas do iPhone de até 25% a 30%".

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