"Respeito à ciência" e "trabalho duro" permitiram aos chineses controlar a epidemia, diz The New Yorker

Nova York, 11 ago (Xinhua) -- "Respeito à ciência" e "trabalho duro" constituem dois valores fundamentais transmitidos pela educação chinesa. Tais princípios, juntamente com a orientação eficaz do governo, permitiram ao povo chinês vencer a batalha contra a epidemia, de acordo com um artigo publicado segunda-feira na revista The New Yorker.

O artigo "Como a China Controlou o Coronavírus" foi escrito por Peter Hessler, que estava lecionando e estudando em Chengdu, a capital da província chinesa de Sichuan, durante a pandemia.

Segundo o artigo, foi verdade que o estrito confinamento da China, em combinação com o fechamento das fronteiras e o rastreamento de contatos, eliminou a propagação do vírus na maioria das comunidades chinesas.

Hessler observou que alguns especialistas em saúde pública afirmaram ter participado dos comitês comunitários na prevenção da epidemia e no rastreamento de contatos. O confinamento na China foi mais intenso que em praticamente qualquer outra parte do mundo. Os comitês de bairro, o nível mais popular de organização do Partido Comunista, aplicaram as regras.

Não existe essa estrutura de comitês de bairro nos Estados Unidos, e os serviços públicos de saúde poderiam ter servido a esse propósito se o sistema americano tivesse sido devidamente financiado, de acordo com o artigo.

Hessler também relatou as diversas medidas de prevenção epidêmica após a reabertura das escolas. Nas universidades foram introduzidas tendas de febre, robôs de entrega e scanners de reconhecimento facial. As escolas programaram intervalos regulares para a lavagem das mãos, e todas as tardes emitiam um anúncio pelo intercomunicador: " Hora de medir a temperatura!"

O fracasso dos EUA, segundo o artigo, não reflete estritamente o caráter ou os valores nacionais, mas sim um colapso do sistema: uma crise de liderança e de estruturas institucionais.