Entrevista: EUA são irresponsáveis em tentativas de desencadear tensões de nova Guerra Fria em meio à pandemia, segundo especialista cubano
Havana, 8 ago (Xinhua) - No atual clima político impactado por uma pandemia global, é irresponsável dos Estados Unidos incitar a chamada nova Guerra Fria, disse à Xinhua o analista cubano, Eduardo Regalado.
"Nestes tempos, o que se exige é um modelo de cooperação e compreensão, mas o governo dos Estados Unidos parece não estar ouvindo a comunidade internacional e continua determinado a criar um desafio bipolar muito arriscado", disse Regalado, um especialista asiático do Centro Cubano de Pesquisa de Política Internacional.
O analista disse que o confronto entre Estados Unidos e China fere a todos, pois são os dois grandes motores da economia global e países com grande responsabilidade nas questões globais.
Em uma recente entrevista exclusiva à Xinhua, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que a China não é a ex-União Soviética e não tem intenção de se tornar outro Estados Unidos.
Ao contrário da ex-União Soviética, a China não colocará nenhum conflito com os Estados Unidos no centro de sua política, disse Regalado, acrescentando que a China não busca estabelecer sua própria hegemonia, mas sim promover a cooperação e o desenvolvimento.
"A China não é um gigante fraco", mas "tem planos muito sólidos para impulsionar o desenvolvimento interno e criar um novo tipo de cooperação", disse Regalado.
Regalado viu a hostilidade dos EUA em relação à China como uma "cortina de fumaça" que visa desviar a atenção da incapacidade do atual governo dos EUA de resolver os graves problemas internos do país.
Recentemente, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, fez um discurso na Biblioteca e Museu Presidencial Richard Nixon, na Califórnia, afirmando que a política de engajamento com a China, que tem sido aplicada por sucessivas administrações desde a do presidente Richard Nixon, foi um fracasso.
Regalado vê esta declaração como uma continuação da estratégia da Casa Branca para minar a imagem da China no mundo.
"A afirmação é um sinal de fraqueza e medo dos Estados Unidos devido à aceitação global da China em questões como o intercâmbio científico no confronto do COVID-19", disse Regalado.
Segundo o pesquisador cubano, as medidas negativas dos Estados Unidos contra a China fazem parte de uma estratégia para desviar a atenção das fragilidades do governo americano para buscar a reeleição de Trump em novembro.
"Tudo é um grande show da mídia para confundir o eleitorado americano, mas na realidade, no conflito com Beijing, quem menos se beneficia são os cidadãos americanos de baixa renda, cujo acesso a produtos e serviços de qualidade vem da China".
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