"Mito sobre reabertura da economia está custando vidas", diz colunista dos EUA
Washington, 14 jul (Xinhua) - Não há negociação entre vencer a pandemia da COVID-19 e restaurar a economia, e "o mito de reabrir a economia está matando pessoas", afirmou a colunista Frida Ghitis.
Os Estados Unidos estão "batendo recordes todos os dias" no número de infecções pela COVID-19 "enquanto muitos outros países desenvolvidos voltam gradualmente ao normal", escreveu Ghitis em um recente artigo de opinião publicado pela CNN, destacando a necessidade urgente de combater o vírus no país.
"Combater a pandemia é um passo indispensável para o retorno ao crescimento. Não há negociação", escreveu ela. "Todos queremos que a economia se recupere, mas permitir que o coronavírus se alastre não é o caminho."
Citando dados do New York Times, Ghitis afirmou que os estados que "reabriram precoce e agressivamente ... estão se tornando os novos epicentros", como a Flórida, que relatou um recorde de 15.299 novos casos no domingo.
"A reabertura cria uma cintilação da atividade econômica, uma ilusão fugaz de recuperação, seguida de uma explosão de contágios e mortes, o que exige novas paralisações", explicou a colunista.
"Se o país inteiro tivesse continuado um estrito fechamento além de algumas semanas na primavera", disse ela, "dezenas de milhares de vidas poderiam ter sido salvas".
A autora observou que a administração americana está entre aquelas que "propagam o mito", alegando que a crença "é armada e turbinada pela agenda eleitoral".
A administração também foi contra as recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA em relação às escolas, já que os epidemiologistas da agência alertaram que as escolas e universidades representam o "maior risco" para a disseminação do vírus, acrescentou.
"Para indivíduos e funcionários públicos, é fundamental entender que a única maneira de voltar ao normal e proteger os empregos e os salários, é salvando vidas", concluiu o artigo. "Não há negociação."
De acordo com os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, o número de casos nos EUA ultrapassou 3,4 milhões na terça-feira, atingindo 3.406.945 até 16h38, horário local (2038 GMT), enquanto o total de óbitos subiu para 136.244.
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