(Multimídia) Novo coronavírus já existia no mundo inteiro antes de surgir na China, diz especialista da Universidade de Oxford

2020-07-07 16:22:13丨portuguese.xinhuanet.com

Pessoas com máscaras andam pelas ruas após um lockdown em Leicester, Reino Unido, em 1º de julho de 2020. (Jon Super/Xinhua)

Londres, 7 jul (Xinhua) -- O novo coronavírus já existia em todo o mundo e eclodiu quando e onde as condições favoreceram, e não se originou na China, afirmou o Dr. Tom Jefferson, professor associado sênior do Centro de Medicina Baseada em Evidências (CEBM) da Universidade de Oxford e professor visitante na Universidade de Newcastle, ao The Telegraph.

"Acho que o vírus já estava aqui - aqui significa qualquer lugar. Podemos estar vendo um vírus dormente que foi ativado por condições ambientais", sugeriu ele.

"Houve um caso nas Ilhas Falkland, no início de fevereiro. Agora, de onde veio isso? Havia um navio de cruzeiro que ia da Geórgia do Sul para Buenos Aires, e os passageiros foram examinados e, no oitavo dia, quando começaram a navegar em direção ao Mar de Weddell, eles descobriram o primeiro caso. Foi na comida preparada que foi descongelada e ativada?'', comentou.

"Coisas estranhas como esta aconteceram com a gripe espanhola. Em 1918, cerca de 30% da população de Samoa Ocidental morreu de gripe espanhola, e eles não tinham tido nenhuma comunicação com o mundo exterior", acrescentou Jefferson.

"A explicação para isto só poderia ser que estes agentes não vêm ou vão a lugar algum. Eles estão sempre aqui e algo os ativa, talvez a densidade humana ou as condições ambientais, e isto é o que deveríamos estar procurando", enfatizou, argumentando que há evidências crescentes de que o vírus estava em outro lugar antes de surgir na Ásia.

Na semana passada, virologistas espanhóis anunciaram a descoberta de vestígios do novo coronavírus em uma amostra de águas residuais de Barcelona coletada em março de 2019, nove meses antes da COVID-19 ser identificada na China.

O Instituto Nacional de Saúde italiano divulgou no mês passado que as águas residuais de Milão e Turim mostraram vestígios do coronavírus em 18 de dezembro, muito antes dos primeiros casos confirmados no país.

Um pesquisador armazena em baixa temperatura as amostras coletadas de pacientes COVID-19 para futuras pesquisas no Instituto de Pesquisa Biomédica August Pi i Sunyer (IDIBAPS) de Barcelona, Espanha, em 4 de maio de 2020. (Francisco Avia/Xinhua)

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