Itália visa medidas para reduzir focos de COVID-19, situação geral continua melhorando

2020-07-07 14:07:38丨portuguese.xinhuanet.com

Roma, 5 jul (Xinhua) - As preocupações com uma onda potencialmente nova, porém limitada, de infecções por coronavírus estão aumentando na Itália, mesmo quando dados oficiais mostraram que em nível nacional a taxa de infecção diminuiu.

Segundo dados do Ministério da Saúde italiano, o país registrou no domingo 192 novos casos de COVID-19, a doença causada pelo coronavírus. O número, abaixo dos 235 do dia anterior, marca o 17º dia consecutivo com menos de 300 novos casos. Novos casos na Itália atingiram o pico de mais de 6.000 por dia no final de março.

O ministério também relatou apenas 7 mortes de COVID-19 nas últimas 24 horas, a terceira vez em dez dias em que o número nacional de mortes está em um dígito e no 36º dia consecutivo em que o número permanece abaixo de 100.

O total de hospitalizações por coronavírus (945, acima de 940) e o número de pacientes em unidades de terapia intensiva (74, acima de 71) aumentaram ligeiramente no dia anterior. Mas esses números ainda estavam em tendência de queda nas últimas semanas.

Havia 14.642 casos ativos no país até domingo, 21 a mais que no sábado, enquanto 164 pessoas foram declaradas recentemente recuperadas do vírus, elevando esse total para 192.108.

NOVOS FOCOS

Um conjunto recente de novos casos em Veneto levantou suspeitas. A região, que inclui a cidade do canal de Veneza, foi um dos primeiros focos de coronavírus na Itália, mas nos últimos meses foi aclamada como uma história de sucesso por limitar a propagação do vírus mais do que em outras partes do país.

O número de novos casos em Veneto permaneceu relativamente baixo, o ministério registrou oito novos casos entre sábado e domingo, mas a taxa de contágio subiu de 0,43 a 1,63 na última semana, segundo várias reportagens.

Segundo o presidente regional, Luca Zaia, pelo menos alguns dos casos são de um empresário que voltou da Sérvia para a Itália com sintomas de COVID-19. Esse homem infectou pelo menos cinco pessoas e forçou outras 89 a entrarem em quarentena.

No sábado, Zaia disse que estava preparado para reforçar drasticamente as medidas de quarentena na região, se necessário. Ele disse que esperaria um relatório atualizado sobre a situação na segunda-feira antes de decidir quais medidas tomar.

O Corriere della Sera, o maior jornal da Itália, informou no sábado que existem cerca de 20 pequenos focos isolados em toda a Itália que os funcionários estão de olho. Pelo menos cinco resultaram em medidas de quarentena localizadas.

O mais grave está na província de Mantova, no norte, a meio caminho entre Milão e Veneza, onde foram relatados 68 casos, com dois pacientes em uma unidade de terapia intensiva de um hospital. Todos os casos estão direta ou indiretamente vinculados a um grupo de trabalhadores em um açougue.

NECESSIDADE DE MEDIDAS

À medida que a situação se desenvolve, parlamentares de pelo menos quatro das 20 regiões da Itália pediram ao governo que conduzisse controles mais rigorosos sobre chegadas de outros países, a fim de impedir que casos como o de Veneto se repetisssem.

Na região insular da Itália, em Sardenha, as autoridades locais tomaram essas questões em suas próprias mãos. Foi revelado no sábado que 11 viajantes, incluindo cinco dos Estados Unidos, não foram autorizados a desembarcarem em Sardenha depois de voar do Colorado.

A partir de 1º de julho, a União Europeia abriu suas fronteiras para viajantes de alguns países terceiros onde o surto de coronavírus foi considerado sob controle. Os viajantes dos Estados Unidos não constam na lista.

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, alertou no domingo que aqueles que espalham o vírus por não respeitarem as regras de saúde podem enfrentar sanções e prisão.

"Todos nós temos que entender que o vírus ainda está em circulação", disse Speranza, segundo relatos da mídia. "Enquanto esse for o caso, não podemos pensar que o perigo passou. Estamos trabalhando todos os dias para garantir que não voltemos ao nível de sofrimento que vimos em março".

"Hoje, se uma pessoa testa positivo (para o vírus) e não permanece isolada, ela pode pegar de 3 a 18 meses de prisão e uma multa de até 5.000 euros (5.600 dólares americanos)", disse o ministro.

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