OMS diz que viver com COVID-19 será novo normal após casos no mundo superarem 10 milhões

Genebra, 29 jun (Xinhua) -- O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira que todos os países vivendo com a COVID-19 será o novo normal nos próximos meses, já que a pandemia havia infectado mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo e causado quase 500 mil mortes.

"A questão crítica que todos os países enfrentarão nos próximos meses é como conviver com esse vírus. Esse é o novo normal", apontou o diretor-geral da OMS em uma coletiva de imprensa diária.

Ele acrescentou que, embora muitos países tenham feito algum progresso contra a COVID-19, a pandemia está acelerando globalmente.

De acordo com os últimos números da OMS, até às 15h15 CEST (1315 GMT) de segunda-feira, a população total infectada em todo o mundo havia atingido 10.021.401, incluindo 499.913 mortes.

"Seis meses atrás, nenhum de nós poderia imaginar como nosso mundo - e nossas vidas - seria jogado em tumulto por esse novo vírus", lamentou o chefe da OMS.

"A pandemia trouxe à tona o melhor e o pior da humanidade", continuou. "Em todo o mundo, vimos atos comoventes de resiliência, inventividade, solidariedade e bondade. Mas também temos visto sinais preocupantes de estigma, desinformação e politização da pandemia."

Ele instou todos os países a priorizarem cinco conjuntos de medidas para salvar vidas, incluindo capacitar comunidades e indivíduos para protegerem a si mesmos e outros, suprimir a transmissão do vírus, salvar vidas com oxigênio e dexametasona, por exemplo, acelerar a pesquisa sobre a COVID-19 e fortalecer a liderança política e a solidariedade.

Tedros também anunciou uma linha do tempo atualizada e detalhada sobre a resposta da OMS à pandemia, para que o público entenda como o órgão de saúde da ONU vem respondendo ao surto.