(Multimídia) Marinha dos EUA não reintegrará comandante demitido do porta-aviões USS Theodore Roosevelt
Foto de arquivo de Brett Crozier, comandante demitido do porta-aviões USS Theodore Roosevelt da Marinha dos EUA. (Crédito da foto: Marinha da América)
Washington, 19 jun (Xinhua) -- A Marinha dos EUA anunciou na sexta-feira que o comandante demitido do porta-aviões USS Theodore Roosevelt não será reintegrado.
"Não recolocarei o capitão Brett Crozier como oficial comandante do USS Theodore Roosevelt, nem ele será elegível para o futuro comando", disse o chefe de operações navais Mike Gilday a jornalistas no Pentágono.
Crozier foi retirado de seu posto no início de abril, depois que uma carta que ele pediu por ajuda com um surto de coronavírus no USS Theodore Roosevelt foi vazada para a mídia.
Uma investigação preliminar da Marinha recomendou que Crozier fosse reintegrado, mas Gilday disse que mudou de ideia depois do que chamou de "uma investigação muito mais ampla e profunda".
"Se eu soubesse o que sei hoje, não teria feito a recomendação de reintegrar o capitão Crozier", disse Gilday. "Além disso, se o capitão Crozier ainda estivesse no comando hoje, eu o dispensaria."
O secretário de Defesa Mark Esper "acredita que a investigação seja completa, justa" e apoia as decisões da Marinha com base nas descobertas, tuitou o porta-voz do Pentágono Jonathan Hoffman.
Crozier, em sua carta, alertou naquele momento de terríveis consequências se o surto no navio não fosse abordado rapidamente.
"Não estamos em guerra. Os marinheiros não precisam morrer", escreveu Crozier. "Se não agirmos agora, não conseguiremos cuidar adequadamente de nossos ativos mais confiáveis - nossos marinheiros".
Crozier foi rapidamente demitido pelo então secretário da Marinha, Thomas Modly, que se demitiu mais tarde depois que suas declarações contra o capitão saíram pela culatra.
Centenas de tripulantes do USS Theodore Roosevelt se reuniram para aplaudir e saudar o nome de Crozier quando ele deixou o navio, mostrou um vídeo nas redes sociais.
O porta-aviões está ancorado em Guam há dois meses. Mais de mil marinheiros foram infectados com o coronavírus e um deles morreu.
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