Xi preside cúpula China-África e pede solidariedade para derrotar COVID-19

2020-06-18 10:48:07丨portuguese.xinhuanet.com

CHINA-BEIJING-XI JINPING-EXTRAORDINARY CHINA-AFRICA SUMMIT (CN)

 (Xinhua/Huang Jingwen)

Beijing, 17 jun (Xinhua) -- O presidente chinês, Xi Jinping, pediu nesta quarta-feira à China e à África que derrotem o novo coronavírus com solidariedade e cooperação.

Os dois lados devem trabalhar juntos para construir uma comunidade de saúde China-África para todos e levar sua parceria estratégica e cooperativa abrangente a um patamar superior.

Xi fez as observações em Beijing ao presidir a Cúpula Extraordinária China-África sobre a Solidariedade contra a COVID-19, realizada por videoconferência.

A cúpula foi iniciada conjuntamente pela China, África do Sul, a presidência rotativa da União Africana (UA), e Senegal, co-presidente do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC).

FICAR JUNTOS EM COLABORAÇÃO

Observando que a China e a África resistiram ao teste de um desafio severo e aumentaram a solidariedade, a amizade e a confiança mútua diante da COVID-19, Xi disse que os dois lados devem mobilizar os recursos necessários, manter-se juntos em colaboração para proteger a vida e a saúde da população e minimizar as consequências da COVID-19.

Ele pediu aos dois lados que se mantenham comprometidos em lutar juntos contra a COVID-19, dizendo que a China continuará a fazer o que puder para apoiar a resposta da África.

"A China não perderá tempo em seguir com as medidas que anunciei na abertura da Assembleia Mundial da Saúde, e continuará ajudando os países africanos fornecendo suprimentos, enviando equipes de especialistas e facilitando a aquisição de suprimentos médicos na China pela África", disse Xi.

Ele disse que a China começará, antes do cronograma, a construção da sede do Africa CDC este ano, trabalhará com a África para implementar plenamente a iniciativa de cuidados de saúde adotada na Cúpula de Beijing do FOCAC, e acelerará a construção dos Hospitais de Amizade China-África e a cooperação entre os hospitais chineses e africanos emparelhados.

"Prometemos que, uma vez concluído o desenvolvimento e a implantação da vacina para COVID-19 na China, os países africanos estarão entre os primeiros a se beneficiar", disse Xi.

Até agora, a China enviou a mais de 50 países africanos e à UA seus suprimentos tão necessários, enviou especialistas médicos e compartilhou sua experiência antiepidêmica através de videoconferências.

Um comunicado emitido em 13 de junho pela UA disse que a China garantiu o fornecimento de 30 milhões de kits de teste, 10 mil respiradores e 80 milhões de máscaras por mês para a África, uma "contribuição significativa".

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse na reunião que a cúpula "demonstra a profundidade e a resiliência da solidariedade entre a China e a África".

"A solidariedade sino-africana e uma melhor cooperação multilateral são fundamentais para vencer a batalha contra essa pandemia", disse ele, pedindo a ambos os lados que continuem a fortalecer os laços de solidariedade e tomem ações coletivas para garantir o futuro da humanidade.

Ramaphosa expressou a gratidão do povo africano a Xi, ao governo e ao povo chineses por sua generosa doação de equipamentos de proteção pessoal e outras assistências na área da saúde.

Descrevendo a cúpula como "uma excelente iniciativa", o presidente senegalês, Macky Sall, disse em seu discurso que os líderes presentes na reunião reafirmaram sua aspiração de consolidar a amizade entre a África e a China.

Sall também expressou apoio ao papel da Organização Mundial da Saúde na coordenação da resposta global à epidemia.

ESFORÇOS PARA AMORTECER O IMPACTO

Em seu discurso, Xi encorajou a China e os países africanos a fortalecer a cooperação do Cinturão e Rota e acelerar os acompanhamentos da Cúpula de Beijing do FOCAC.

"Uma maior prioridade precisa ser dada à cooperação em saúde pública, reabertura econômica e subsistência da população", disse Xi.

Ele disse que a China cancelará as dívidas dos países africanos relevantes sob a forma de empréstimos governamentais sem juros que devem vencer até o final de 2020 dentro do quadro FOCAC.

Para os países africanos mais atingidos pelo coronavírus e que estão sob forte estresse financeiro, a China trabalhará com a comunidade global para lhes dar maior apoio, disse Xi.

A China trabalhará com outros membros do G20 para implementar a Iniciativa de Suspensão do Serviço de Dívida do G20 e exortará o G20 a estender ainda mais a suspensão do serviço de dívida para os países em causa, incluindo os da África, acrescentou Xi.

Ele disse que a China apoia a África em seu esforço para desenvolver a Área de Livre Comércio Continental Africana e para melhorar a conectividade e fortalecer as cadeias industriais e de suprimentos.

A China explorará uma cooperação mais abrangente com a África em novas formas de negócios, como economia digital, cidade inteligente, energia limpa e 5G para impulsionar o desenvolvimento e a revitalização da África, disse Xi.

DEFENDER O MULTILATERALISMO

Salientando que a solidariedade e a cooperação são "a arma mais poderosa" face à COVID-19, Xi pediu à China e à África que permaneçam comprometidas em defender o multilateralismo.

"Somos contra a politização e a estigmatização da COVID-19, e nos opomos à discriminação racial e ao viés ideológico. Estamos firmes pela equidade e justiça no mundo", disse ele.

Observando que o mundo está passando por mudanças sem precedentes em um século, Xi disse que uma cooperação mais estreita entre a China e a África é mais do que nunca necessária.

Ele pediu a ambos os lados que apoiem uns aos outros nas questões que envolvem os seus respectivos interesses fundamentais e avancem os interesses fundamentais da China e da África, bem como de todos os países em desenvolvimento.

"Desta forma, poderemos levar a parceria estratégica e cooperativa abrangente China-África a um nível mais elevado", disse ele.

Integraram a cúpula outros líderes africanos: o presidente egípcio Abdel-Fattah al-Sisi; O presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi; o presidente argelino Abdelmadjid Tebboune; o presidente gabonês Ali Bongo Ondimba; o presidente queniano Uhuru Kenyatta; o presidente maliano Ibrahim Boubacar Keita; o presidente do Níger Mahamadou Issoufou; o presidente nigeriano Muhammadu Buhari; o presidente ruandês Paul Kagame; o presidente do Zimbábue Emmerson Mnangagwa; o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed; e o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, participaram da reunião como convidados especiais.

Wang Huning, membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e membro do Secretariado do Comitê Central do PCC, também esteve presente na cúpula.

Uma declaração conjunta foi emitida após o evento.

Chen Xiaodong, ministro assistente chinês das Relações Exteriores, disse após a cúpula que, o que Xi defendeu em seu discurso mostrou a firme determinação da China e da África para derrotar a epidemia e superar as dificuldades, indicou a direção para a cooperação futura e injetou impulso nos esforços internacionais antiepidêmicos.

Durante a cúpula, China e África expressaram apoio uma à outra não apenas na luta contra epidemia e no desenvolvimento econômico e social, mas também nas questões relativas aos seus interesses fundamentais e principais preocupações de cada lado, disse Chen, acrescentando que trata-se de "uma ilustração vívida de uma comunidade China-África com um futuro compartilhado".

Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:

Telefone: 0086-10-8805-0795

Email: portuguese@xinhuanet.com

010020071380000000000000011100001391484061