(Multimídia) Altos funcionários da ONU de ascendência africana pedem o fim do racismo

2020-06-16 13:23:08丨portuguese.xinhuanet.com

Manifestantes perto da Casa Branca durante um protesto pela morte de George Floyd em Washington D.C., nos Estados Unidos, em 30 de maio de 2020. (Xinhua/Liu Jie)

Nações Unidas, 15 jun (Xinhua) -- Mais de 20 funcionários de alto escalão da Organização das Nações Unidas (ONU) que são africanos ou de ascendência africana assinaram uma declaração pessoal e contundente, expressando sua indignação contra o racismo generalizado e sistêmico, divulgou o ONU News neste domingo.

Os signatários incluem chefes de alto nível de agências da ONU, como o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus; a diretora executiva do UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS), Winnie Byanyima; e a diretora executiva do Fundo de População da ONU, Natalia Kanem.

A declaração recordou a morte de George Floyd, um afro-americano que morreu após um policial de Minneapolis sufocá-lo com o joelho em seu pescoço por mais de oito minutos.

Citando o "trauma profundo e o sofrimento intergeracional" que resultou da injustiça racial, particularmente contra as pessoas de ascendência africana, a declaração ressaltou que é hora de ir além do que simplesmente condenar os atos de racismo, que é "um flagelo global que tem sido perpetuado ao longo dos séculos ", de acordo com a publicação do ONU News.

Os líderes pediram à ONU que "intensifique e aja decisivamente para ajudar a acabar com o racismo sistêmico contra as pessoas de ascendência africana e outros grupos minoritários", citando o artigo 1º da Carta das Nações Unidas, que estipula que a organização intergovernamental deve promover e incentivar o "respeito pelo direitos humanos e liberdades fundamentais de todos, sem distinção de raça, gênero, idioma ou religião ".

A declaração também pediu à entidade que "use sua influência para nos lembrar, mais uma vez, dos negócios inacabados de erradicar o racismo e exortar a comunidade das nações a remover a mancha do racismo sobre a humanidade".

Reconhecendo os esforços do chefe da ONU, António Guterres, de abordar o racismo sistêmico em todos os níveis, os autores da declaração observaram que a organização deve liderar pelo exemplo, com "uma avaliação honesta de como defendemos a Carta das Nações Unidas dentro de nossa instituição".

A expressão de solidariedade com as manifestações pacíficas está "bem de acordo com nossas responsabilidades e obrigações como funcionários públicos internacionais de se levantar e se manifestar contra opressão", disseram as autoridades, acrescentando que "compartilhamos as crenças fundamentais e os valores e princípios consagrados na Carta das Nações Unidas que não nos deixam ficar em silêncio".

Os funcionários se comprometem a aproveitar seus conhecimentos, liderança e mandatos para "abordar as causas de raiz e as mudanças estruturais que devem ser implementadas se quisermos acabar com o racismo", disseram.

Manifestantes participam de um protesto desencadeado pela morte de George Floyd na Ponte do Brooklyn, em Nova York, Estados Unidos, em 13 de junho de 2020. (Michael Nagle/Xinhua)

Manifestantes participam de um protesto em Londres, em 12 de junho de 2020. (Ray Tang/Xinhua)

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