Presidente português defende medidas de desconfinamento apesar do surto de COVID-19 na Grande Lisboa

Lisboa, 9 jun (Xinhua) -- O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou na segunda-feira que "não há sinais de que as duas primeiras fases de desconfinamento tenham piorado" a pandemia de COVID-19 em Portugal, ao mesmo tempo em que endossou o processo de reabertura do país como eficaz.

"Há uma tendência positiva de diminuição dos pacientes internados e dos pacientes em terapia intensiva". A diminuição do número de mortes também é positiva", disse ele em comunicado ao final da 8ª reunião, onde especialistas avaliaram a situação epidemiológica do país.

"Mais do que isso, as projeções aqui apresentadas quanto à pressão no Serviço Nacional de Saúde são projeções também positivas", destacou.

Rebelo de Sousa apontou que o chamado "indicador R" (taxa de reprodução do vírus) "está em torno de um, e há países com valores bem acima dos portugueses".

As autoridades de saúde de Portugal relataram no sábado passado que entre os 382 novos contágios em um período de 24 horas, 345 foram registrados na região de Lisboa e Vale do Tejo. A mídia local divulgou que esses casos positivos vieram principalmente do setor de construção civil.

O presidente afirmou que a região de Lisboa e Vale do Tejo tem mantido "uma tendência relativamente estável de casos e nunca subiu muito". Os principais fatores de pressão têm sido a construção civil e as atividades de trabalho temporário, que "nunca pararam" nos últimos meses.

A próxima reunião de análise da pandemia, que reúne funcionários do governo, especialistas em saúde, políticos e representantes da sociedade civil, está programada para 24 de junho.

Os números de segunda-feira das autoridades de saúde de Portugal apontaram que seis pessoas morreram de COVID-19 nas últimas 24 horas, elevando o número total de mortes no país para 1.485. As infecções confirmadas somaram 34.885, das quais 192 eram novas.