Casa Branca não divulgará projeções econômicas neste verão, diz The Washington Post

Washington, 3 jun (Xinhua) -- Autoridades da Casa Branca decidiram não divulgar projeções econômicas atualizadas neste verão, pois o impacto econômico do surto da COVID-19 continua a crescer, informou o The Washington Post.

Citando três pessoas com conhecimento da decisão, que falaram sob condição de anonimato, a matéria disse que a Casa Branca não apresentará projeções atualizadas sobre tendências econômicas como desemprego, inflação e crescimento econômico em uma revisão no meio da sessão sobre a proposta anual do orçamento federal.

As autoridades disseram que o surto da COVID-19 está causando extrema volatilidade na economia dos EUA, dificultando a previsão de tendências econômicas.

A decisão, no entanto, provocou críticas liberais e conservadoras, que argumentaram que a Casa Branca deveria publicar suas projeções econômicas, independentemente da incerteza, segundo a matéria.

O texto também observou que o governo Obama continuou a divulgar as projeções de tendências econômicas após a crise financeira global, apesar dos números "indelicados".

A perda econômica causada pela COVID-19 vem crescendo. A atividade econômica no setor de manufatura dos EUA se contraiu pelo terceiro mês consecutivo em maio, em meio às crescentes consequências da COVID-19, informou o Instituto de Gerenciamento de Suprimentos na segunda-feira.

O Departamento de Comércio dos EUA informou na quinta-feira que a atividade econômica no primeiro trimestre se contraiu anualmente 5% em uma segunda estimativa, 0,2 ponto percentual abaixo da estimativa antecipada.

Esse número revisado para baixo, no entanto, ainda não captura totalmente os danos econômicos da COVID-19, e muitos analistas acreditam que o declínio no segundo trimestre deve ser muito mais profundo.

As consequências da pandemia da COVID-19 encolherão o tamanho da economia dos EUA em US$ 7,9 trilhões na próxima década, de acordo com novas projeções divulgadas pelo Escritório de Orçamento do Congresso na segunda-feira. Isso representa uma queda de 3% no produto interno bruto real acumulado na próxima década.