Manifestantes e autoridades canadenses denunciam discriminação racial e brutalidade policial
Ottawa, 2 jun (Xinhua) -- Várias cidades canadenses tiveram protestos, alguns dos quais envolveram violência, após manifestações em massa nos Estados Unidos pela morte do afro-americano desarmado George Floyd pelas mãos da polícia de Minneapolis.
No domingo, milhares de manifestantes foram às ruas de Montreal para denunciar perfis raciais e a brutalidade policial no Canadá e nos Estados Unidos.
Até a força policial da cidade, ao tuitar um apelo de manifestação pacífica, comentou os eventos em torno do envolvimento da polícia no homicídio de Floyd, de 46 anos, como anunciou o examinador do condado de Minnesota na segunda-feira.
"Tanto a ação tomada quanto a inação das testemunhas presentes vão contra os valores de nossa organização", afirmou a polícia de Montreal no Twitter no domingo. "Nós respeitamos os direitos e a necessidade de todos de se manifestarem contra essa violência e estaremos ao lado deles para garantir a segurança de todos".
No entanto, cerca de três horas após a pacífica marcha e manifestação terminarem na maior cidade da província de Quebec, as tensões aumentaram quando as pessoas jogaram pedras e projéteis na polícia, que respondeu com spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
Vitrines de lojas foram quebradas, incêndios causados e lojas saqueadas, resultando na prisão de 11 pessoas - nove delas sob a acusação de arrombamento e invasão.
No Twitter, a prefeita de Montreal Valerie Plante condenou as ações dos saqueadores que, segundo ela, "não têm nada a ver" com o protesto pacífico.
Durante seu briefing diário com a imprensa na segunda-feira, o premiê de Quebec, François Legault, também criticou "aqueles que se aproveitaram para saquear e vandalizar" e "devem enfrentar as consequências legais".
Mas enquanto ele disse que apoia a posição contra o racismo, Legault disse que não acredita que haja "discriminação sistêmica" em Quebec, onde os negros representam a maior minoria visível - ou cerca de 10% da população - em Montreal.
No entanto, em sua entrevista coletiva diária sobre a COVID-19 na segunda-feira, o primeiro-ministro Justin Trudeau disse que "não podemos fingir que o racismo não existe" no Canadá.
"O racismo anti-negro é real; o viés inconsciente é real e a discriminação sistêmica é real - e eles acontecem aqui no Canadá", afirmou ele.
Um dos ministros de seu gabinete, Ahmed Hussen, que nasceu na Somália, o ministro de famílias, crianças e desenvolvimento social, compartilhou uma perspectiva pessoal sobre o racismo anti-negro via Twitter.
"Ouvi falar de pessoas que não devemos nos preocupar com o que está acontecendo nos EUA, porque isso não é problema nosso", tuitou no sábado. "Sendo um homem negro e pai de três filhos, posso dizer que é uma realidade vivida por canadenses negros".


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