Comentário: Por que retórica de dissociação da China dificilmente influencia empresários

2020-05-31 18:03:21丨portuguese.xinhuanet.com

Por Wang Lei

Beijing, 31 mai (Xinhua) -- No início deste mês, o conglomerado multinacional norte-americano Honeywell lançou sua sede para mercados emergentes e centro de inovação na cidade de Wuhan, no centro da China.

O lançamento ocorreu apenas semanas depois que a gigante de energia norte-americana ExxonMobil e seus parceiros chineses tinham realizado uma cerimônia especial virtual de começo do projeto de um complexo químico na Província de Guangdong, no sul da China.

Esses mega-projetos de empresas emblemáticas dos EUA, acontecendo no mesmo momento que a pandemia do coronavírus ainda está se propagando em todo o mundo e que o clamor pela dissociação com a China mais uma vez ganha as manchetes, dão um sinal claro de que os investidores globais continuam confiantes em um futuro promissor da China, mesmo neste tempo de desafios e incertezas sem precedentes.

Talvez a fonte mais importante dessa confiança contínua venha da forte resposta à epidemia da China e da bem gerenciada reabilitação econômica pós-pandemia.

Desde o surto, a China tomou algumas medidas de contenção muito decisivas e colocou efetivamente a doença sob controle. Esse progresso significativo permitiu que Beijing implementasse uma série de medidas para retomar a produção e reabrir os negócios. Como resultado, a retomada está em andamento e a China está se recuperando constantemente.

Dados do Departamento Nacional de Estatísticas publicados na quarta-feira mostraram que os lucros das principais empresas industriais da China em abril caíram 4,3%, recuperando-se da queda de 34,9% registrada em março.

O esforço do país para voltar ao normal é, sem dúvida, um grande impulso para ajudar o abastecimento de suprimentos médicos urgentemente necessários, como máscaras e roupas de proteção para o mundo, a estabilização das cadeias globais de suprimentos e o fortalecimento das indústrias manufatureiras em todo o mundo e o comércio internacional.

A resiliência da economia chinesa, as vantagens de fabricação únicas e competitivas, a abundância de trabalhadores industriais e os fundamentos sólidos para o crescimento econômico de longo prazo oferecem aos investidores e empresários outras razões para manterem a confiança no país.

Os céticos em relação à China nos Estados Unidos que prometeram repatriar empregos de manufatura já terceirizados precisam de um choque de realidade: as cadeias de suprimentos globais existentes são uma progressão natural de décadas moldadas em conjunto por vários fatores como custos de operação, capacidades industriais e força de trabalho suficiente e qualificada.

O mercado consumidor chinês permanece o mais atraente e populoso do mundo. No ano passado, os gastos dos consumidores contribuíram com 57,8% para o crescimento econômico global da China. Com 400 milhões de pessoas de renda média, um maior potencial para produtos de consumo e serviços públicos aguarda para ser explorado.

Ao longo das décadas, encorajadas pelos mercados consumidores chineses em crescimento maciço e rápido, as empresas estrangeiras vêm mudando o modelo de "fabricado na China" para "fabricado para a China".

Além disso, o persistente compromisso do governo chinês de criar um ambiente de negócios mais amigável, com uma proteção mais forte dos direitos de propriedade intelectual e para reforçar o livre comércio global e o multilateralismo, tornou seus mercados domésticos mais atraentes. A lei de investimento estrangeiro que entrou em vigor no início do ano é um bom exemplo disso.

De acordo com uma pesquisa da Câmara do Comércio Americana em Shanghai e da PwC China em março, mais de 70% das empresas norte-americanas disseram que ainda não tinham planos de realocar as operações de produção e de cadeia de suprimentos ou aquisição para fora da China.

Durante uma coletiva de imprensa após as "duas sessões" anuais na quinta-feira, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, destacou a importância da abertura na estabilização das cadeias industriais e de fornecimento, dizendo que a China aumentará ainda mais a cooperação com o resto do mundo e introduzirá novas medidas para se abrir ainda mais.

De fato, o surto repentino do coronavírus este ano levou muitos líderes políticos e titãs empresariais em todo o mundo a revisitarem o sistema de fornecimento global altamente interconectado e prescreverem remédios.

Olhando para o futuro, eles devem entender que, embora o vírus tenha afetado a economia mundial de várias maneiras, não vai parar ou reverter a globalização. A China, com seu forte compromisso com a abertura e a cooperação, bem como seu papel único nesta economia global amplamente interligada, permanecerá sempre profundamente relevante.

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