(Multimídia) China acusa EUA de propor reunião da ONU sobre legislação de segurança nacional para Hong Kong
A chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), Carrie Lam, visita uma banca de rua e assina uma petição em apoio à legislação de segurança nacional para Hong Kong, sul da China, em 28 de maio de 2020. (Xinhua)
Beijing, 30 mai (Xinhua) -- A China criticou nesta sexta-feira os Estados Unidos por solicitar uma videoconferência do Conselho de Segurança da ONU sobre a legislação de segurança nacional para a Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), avaliando a demanda norte-americana como "total absurdo" e pedindo que Washington "pare imediatamente as manobras políticas sem sentido".
"Isso é totalmente absurdo e está causando problemas do nada", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian, em uma entrevista coletiva diária.
Zhao enfatizou que Hong Kong é uma região administrativa especial da China e uma região administrativa local diretamente sob a administração do governo central chinês.
Estabelecer e melhorar o sistema legal e mecanismos de aplicação na RAEHK para salvaguardar a segurança nacional tem como objetivo defender a soberania nacional, os interesses de segurança e desenvolvimento e a implementação constante da política de "um país, dois sistemas", afirmou Zhao.
"Isso é puramente assunto interno da China, e nenhum país estrangeiro tem o direito de interferir", acrescentou.
Observando que o dever do Conselho de Segurança da ONU é salvaguardar a paz e a estabilidade internacional, Zhao disse que a legislação de segurança nacional para a RAEHK não está dentro do alcance das responsabilidades da entidade.
Segundo o porta-voz, a não interferência em assuntos internos é um dos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e uma norma básica das relações internacionais.
"O lado dos EUA interferiu descaradamente nos assuntos internos da China e prejudicou deliberadamente as normas básicas das relações internacionais ao solicitar uma reunião sobre um assunto relacionado a Hong Kong no Conselho de Segurança da ONU", assinalou Zhao.
"A China tem todos os motivos para se opor firmemente a isso e suas tentativas estão fadadas ao fracasso", afirmou ele.
O Conselho de Segurança da ONU não é uma ferramenta que possa ser manipulada pelos Estados Unidos. A China e outros países que acreditam na justiça não permitirão que os Estados Unidos mantenham o Conselho de Segurança da ONU como refém para seus próprios propósitos políticos, disse Zhao.
"Pedimos que os Estados Unidos parem imediatamente essas manobras políticas sem sentido e façam coisas que sejam benéficas para a comunidade internacional", afirmou Zhao.
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