Líderes mundiais pedem unidade, papel mais forte da OMS no combate à COVID-19

2020-05-19 11:06:54丨portuguese.xinhuanet.com

Paris, 18 mai (Xinhua) -- O mundo deve estar unido e a insubstituível Organização Mundial da Saúde (OMS) deve desempenhar um papel mais forte na luta contra a crise da COVID-19, disseram líderes mundiais na primeira sessão virtual da Assembleia Mundial da Saúde (AMS), aberta na segunda-feira.

"A COVID-19 deve ser um alerta", disse o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ao abrir a 73ª sessão da AMS, com foco na pandemia que infectou mais de 4,5 milhões de pessoas e tirou mais de 300 mil vidas globalmente em poucos meses.

"Vimos alguma solidariedade, mas muito pouca unidade, em nossa resposta à COVID-19", lamentou o secretário geral da ONU.

"Muitos países ignoraram as recomendações da Organização Mundial da Saúde", afirmou. "Consequentemente, o vírus se espalhou pelo mundo."

Guterres reiterou o pedido da ONU de uma resposta coordenada em larga escala liderada pela OMS, com ênfase na solidariedade com os países em desenvolvimento e as pessoas vulneráveis.

"A menos que controlemos a propagação do vírus, a economia nunca se recuperará", afirmou o secretário-geral. "Precisamos aumentar massivamente os recursos disponíveis para o mundo em desenvolvimento".

Simonetta Sommaruga, presidente da Confederação Suíça que abriga a sede da OMS, agradeceu à OMS por seu incansável compromisso em combater a pandemia.

"Diretor-geral (Tedros Adhanom Ghebreyesus), ao passar por essa crise, tenha certeza de que tem todo o apoio e cooperação da Suíça", disse ela.

"Nosso apoio a você se baseia no nosso compromisso com o multilateralismo, a solidariedade e a cooperação internacional", acrescentou a presidente suíça. "Hoje, mais do que nunca, essas coisas são absolutamente essenciais e precisam ser fortalecidas".

Apelando a mais financiamento para a OMS, ela disse que a organização, que sempre conseguiu aprender lições das epidemias com as quais teve que lidar, também será capaz de realizar uma revisão completa da crise atual, a fim de melhorar seu futuro gerenciamento de emergência.

O presidente da França, Emmanuel Macron, também enfatizou a necessidade de mais financiamento para a organização global de saúde, que, segundo ele, desempenha um "papel insubstituível" na coordenação de ações, graças à sua experiência científica e conhecimento da situação no terreno.

Chamando a assembleia de "uma das assembleias mais importantes na história da OMS", Macron disse que este deve ser um momento de unidade e solidariedade, e também um momento de pensamento claro e ação eficaz.

Ele instou todas as partes interessadas, incluindo estados, organizações, fundos, empresas farmacêuticas ou cidadãos comuns a cooperarem com a OMS.

O presidente francês elogiou a iniciativa "Acesso ao Acelerador de Ferramentas COVID-19" (ACT), que é um projeto de cooperação internacional lançado pela OMS em abril para acelerar o desenvolvimento, a produção e a distribuição equitativa de novas ferramentas, tratamentos e vacinas em particular, para combater a COVID-19.

"Se entregarmos uma vacina contra a COVID-19, será um bem público global e todos deverão ter acesso a ele", disse Macron.

"Nenhum país pode se salvar sozinho. Temos que trabalhar juntos", disse a chanceler alemã, Angela Merkel. "A COVID-19 mostra que precisamos fazer mais na prevenção e pesquisa".

"A OMS é uma organização mundial legítima na área da saúde. Devemos continuar trabalhando para melhorar os procedimentos dentro da OMS", afirmou. "Devemos também analisar seu financiamento para garantir que seja sustentável".

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse que seu país fornecerá US$ 100 milhões em ajuda humanitária este ano e continuará a compartilhar suas experiências no combate a epidemias com a comunidade internacional.

Afirmando apoio total à OMS, a primeira-ministra de Barbados, Mia Amor Mottley, pediu atenção à pressão da dívida dos países vulneráveis, como os estados do Caribe, cuja situação foi agravada pelas consequências econômicas da pandemia.

Salientando o papel fundamental da OMS na liderança da luta global contra a pandemia, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, presidente da União Africana, pediu mais assistência, alívio da dívida e suprimentos médicos em particular, para os países em desenvolvimento.

"A África, extremamente vulnerável à devastação deste vírus, precisa de todo apoio e assistência possível", disse Ramaphosa à assembleia virtual.

"A União Africana apelou que os países em desenvolvimento devem ser auxiliados em seus esforços para combater a pandemia e reconstruir suas economias. Essa assistência precisa incluir alívio da dívida. Também precisa incluir assistência em relação a suprimentos médicos para diagnóstico e terapêuticos ," salientou ele.

A AMS é o órgão de decisão da OMS. A 73ª sessão da AMS, programada para segunda e terça-feiras, está sendo realizada por videoconferência devido ao impacto da atual pandemia.

Segundo a OMS, sua agenda foi condensada apenas em questões essenciais, como a COVID-19 e a seleção de membros do conselho executivo.

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