Destaque: O que Washington fez prova ser um obstáculo na luta global contra a COVID-19

2020-05-17 19:22:16丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 17 mai (Xinhua) -- Enfrentando os severos desafios da pandemia da COVID-19, o mundo vem fazendo esforços conjuntos para combater a doença nos últimos meses, enquanto os Estados Unidos têm debilitado os empenhos globais para lidar com a crise.

INCOMPETÊNCIA NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA

O número de casos de COVID-19 nos Estados Unidos ultrapassou 1,46 milhão com mais de 88 mil mortes até o domingo, de acordo com o Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade de Johns Hopkins, tornando o país o lugar mais duramente atingido em todo o mundo.

Resposta tardia, ignorância da ciência e má coordenação nacional têm representado o problemático desempenho do governo dos EUA nos esforços antiepidêmicos.

Em 31 de dezembro de 2019, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) publicaram em seu site que as autoridades de saúde chinesas haviam relatado uma série de casos de doença respiratória aguda em Wuhan, Província de Hubei, no centro da China. Desde então, Washington tem recebido cada vez mais informações sobre a doença, mas não deu a devida importância.

Em 22 de janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse à CNBC um dia depois de o CDC ter confirmado o primeiro caso de COVID-19 no país, que os Estados Unidos tinham a situação "totalmente sob controle", e que "iria ficar tudo bem".

Embora o governo dos EUA tenha declarado uma emergência de saúde pública para responder à COVID-19 no final de janeiro, as convenções democratas e republicanas ainda foram realizadas no estado americano de Iowa em fevereiro. As seguintes primárias presidenciais em muitos estados levaram a várias reuniões em massa.

Na coletiva de imprensa da Casa Branca em 28 de fevereiro, Trump disse que alguns meios de comunicação dos EUA estavam "fazendo tudo o que podem para espalhar o medo entre a população e eu acho que isso é ridículo e que eles são muito desacreditados".

Foi só em 16 de março que a Casa Branca mudou sua postura anteriormente de descaso e anunciou diretrizes contra a epidemia.

Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, disse que se as diretrizes tivessem sido implementadas anteriormente, um período crucial na propagação exponencial do vírus teria sido mitigado e vidas americanas, salvas.

TRANSFERIR A CULPA E EVITAR RESPONSABILIDADES

Enquanto a China apela pela cooperação internacional na luta contra a COVID-19, Washington segue ocupado caluniando Beijing para desviar a atenção sobre sua própria resposta ineficiente à pandemia, avaliou um ex-diplomata sérvio.

Em 16 de março, Trump tuitou estigmatizando a China com acusações maliciosas, o que causou controvérsia e críticas dentro os Estados Unidos. Outros políticos de Washington também questionaram a transparência e acusaram a China de violar os direitos humanos por adotar as medidas necessárias de quarentena, e reforçaram o discurso racista.

Em 10 de maio, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, levantou "evidências significativas" sobre a origem do vírus em Wuhan. No entanto, ele não especificou quais eram as evidências nem entregou qualquer prova concreta para validar suas alegações.

Trump também acusou a Organização Mundial da Saúde (OMS) de "gerenciar e encobrir severamente a propagação do coronavírus" em abril.

"Seu poder deve se concentrar em cuidar dos outros e organizar recursos para a prevenção de doenças - não em transferir a culpa, elevar as classificações de aprovação, acertar pontuações ou demonizar as pessoas por causa da etnia ou nacionalidade", mencionou uma carta assinada publicada pelo The New York Times por mais de 70 estudiosos em saúde pública dos Estados Unidos e da China.

INTERRUPÇÃO À LUTA NACIONAL E GLOBAL

Em vez de coordenar os esforços contra o inimigo comum, a administração dos EUA manteve suas próprias formas de agir contra a disseminação da COVID-19.

A nível nacional, não houve nenhum esforço "que tenha reunido nada como o financiamento, coordenação ou recursos reais que os especialistas de todo o espectro político dizem ser necessário para reabrir o país com segurança", disse um artigo publicado pelo The Atlantic.

A nível internacional, Trump anunciou em 14 de abril que seu governo suspenderia o financiamento para a OMS. O anúncio foi então recebido com forte reação e crítica em todo o mundo.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a OMS lamentou a decisão dos EUA, pedindo a todas as nações que se unissem na luta contra o inimigo comum.

"A decisão do presidente Trump de desfinanciar a OMS é simplesmente - um crime contra a humanidade", tuitou Richard Horton, editor-chefe da The Lancet, acrescentando que "cada cientista, cada profissional de saúde, cada cidadão deve resistir e se rebelar contra essa terrível traição da solidariedade global".

"Como é míope quando a cooperação global é mais necessária agora do que nunca", tuitou Lawrence Gostin, diretor do Instituto O'Neill de Direito Nacional e Global em Saúde na Universidade de Georgetown, referindo-se à decisão da Casa Branca. E Washington "abandonou totalmente" a liderança dos EUA em saúde global.

O que o governo dos EUA tem feito prejudicou severamente a cooperação internacional que o mundo precisa para neutralizar essa crise sanitária.

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