(Multimídia) Sonda Chang'e-4 da China sobrevive 500 dias terrestres no lado oculto da Lua

Foto tirada pelo veículo explorador Yutu-2 (Coelho de Jade-2) em 11 de janeiro de 2019 mostra o veículo pousador da sonda Chang'e-4. (Xinhua/Administração Nacional Aeroespacial da China)
Beijing, 17 mai (Xinhua) -- A sonda Chang'e-4 da China operou por 500 dias terrestres no lado oculto da lua, em uma missão científica ao território inexplorado.
O veículo pousador e explorador da sonda Chang'e-4 retomaram o trabalho pelo 18º dia lunar no lado oculto da Lua, depois de "dormir" durante a noite extremamente fria.
O veículo pousador voltou a funcionar às 3h25 da manhã do domingo (horário de Beijing) e o veículo explorador às 11h53 da manhã de sábado. Ambos estão funcionando normalmente, de acordo com o Centro para Exploração Lunar e Programa Espacial da Administração Nacional Aeroespacial da China (CNSA, em inglês).
A sonda Chang'e-4, lançada em 8 de dezembro de 2018, fez o primeiro pouso suave na Cratera de Von Karman na Bacia do Polo Sul-Aitken, no lado oculto da Lua, em 3 de janeiro de 2019.
Um dia lunar equivale a 14 dias na Terra e uma noite lunar tem a mesma duração. A sonda Chang'e-4 entra em modo inativo durante a noite lunar devido à falta de energia solar.
O rover Yutu-2, ou Coelho de Jade-2, deslocou 447,68 metros, e agora está a 292 metros do veículo pousador. Ele conduziu a detecção científica sobre rochas lunares, solo lunar em sua trajetória e algumas crateras de impacto.
Os cientistas usaram o Radar de Penetração Lunar no Yutu-2 para estudar a estrutura geológica com uma profundidade de 40 metros, revelando os segredos enterrados sob a superfície do outro lado da Lua, enriquecendo nossa compreensão sobre a história de colisões celestes e atividades vulcânicas e lançando uma nova luz sobre a evolução geológica na Lua.
Os cientistas também analisaram os dados do espectrômetro de imagem infravermelha no Yutu-2 e revelaram a composição do material no lado escuro da Lua, verificando que o manto lunar é rico em olivina, o que aprofunda nossa compreensão da formação e evolução da Lua.
A China planeja lançar sua primeira missão de exploração de Marte Tianwen-1 em julho. Devido à modificação das instalações de comunicação terrestre, o veículo pousador e explorador realizarão a detecção in situ durante o 18º dia lunar, disse a CNSA.
As tarefas científicas da missão Chang'e-4 incluem a realização de observações radioastronômicas de baixa frequência, levantamento do terreno e o relevo, detecção da composição mineral e estrutura da superfície lunar pouca profunda e medição da radiação de nêutrons e átomos neutros.
A missão Chang'e-4 carrega a esperança da China de combinar sabedoria na exploração espacial com quatro equipamentos desenvolvidos pelos Países Baixos, Alemanha, Suécia e Arábia Saudita.

A foto fornecida pela Administração Nacional Aeroespacial da China (CNSA) em 4 de janeiro de 2019 mostra a imagem do Yutu-2, o veículo explorador lunar da China, no local predefinido A na superfície do lado oculto da Lua. (Xinhua/CNSA)
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