África do Sul impõe restrições em funerais para conter propagação de COVID-19

Cidade do Cabo, 11 mai (Xinhua) - O número de pessoas que comparecem aos funerais deve ser limitado a menos de 50, a fim de conter a propagação de COVID-19, disse o ministro da Saúde da África do Sul, Zweli Mkhize.

Os funerais se tornaram um ponto forte para infecções por COVID-19, disse o ministro durante uma visita à província de Cabo Oriental, onde um número crescente de pessoas testou positivo após comparecer em funerais.

"Os funerais são onde a maior parte da propagação acontece", disse Mkhize.

O número de pessoas que participam de funerais deve ser reduzido drasticamente, disse ele.

Anteriormente, a África do Sul limitava o número de pessoas em funerais a menos de 100.

No início deste mês, 54 infecções e uma morte relacionadas a dois funerais na Baía Nelson Mandela, em Cabo Oriental, foram manchetes no país.

Embora isso tenha levado algumas comunidades a suspenderem funerais, ainda existem grandes reuniões em funerais em toda a província.

Mkhize manifestou preocupação com a rápida disseminação de COVID-19 na província. A província registrou 138 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o número total para 1.356.

Embora o quarto número mais alto entre todas as nove províncias, o Cabo Oriental tenha mostrado uma trajetória ascendente muito mais rápida do que outras províncias, exceto o Cabo Ocidental, o atual epicentro.

Mkhize disse que o presidente, Cyril Ramaphosa, visitará o Cabo Oriental ainda esta semana para avaliar a situação.

O governo enviará alguns médicos cubanos ao Cabo Oriental para ajudar a conter a propagação do vírus, principalmente nas comunidades, disse Mkhize.

A África do Sul tem mais de 200 médicos cubanos que estão atualmente em quarentena há 19 dias. Os médicos cubanos serão libertados nos próximos dias, disse o ministro.