Governo lança Operação Brasil Verde 2 para combate a atividades ilegais na Amazônia
Brasília, 11 mai (Xinhua) -- O Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão encabeçado pelo vice-presidente, general Hamilton Mourão, anunciou nesta segunda-feira o lançamento da Operação Brasil Verde 2, uma série de ações contra "atividades ilegais em áreas protegidas por lei federal" realizadas a partir das cidades de Porto Velho (Rondônia), Cuiabá (Mato Grosso) e Marabá (Pará), no norte do país.
Em uma entrevista à imprensa, o general Mourão explicou que as ações iniciais lançadas hoje foram realizadas de surpresa e que seus resultados serão apresentados nos próximos dias.
"Nós traçamos como prioridade este tipo de operação para enfrentar as ilegalidades que vêm sendo cometidas nas áreas da União, áreas de preservação e terras indígenas, buscando impedir e também trazer perante à Justiça e à lei aqueles elementos que estão cometendo infrações", ressaltou.
Inspetores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já estão realizando buscas e avaliações.
As primeiras ações lançadas nesta segunda-feira estão concentradas nas Florestas nacionais de Jacundá e Vila Samuel, em Rondônia.
As medidas são protegidos pelas forças federais que operam na região com poder de polícia conferido por um Decreto de Garantia da Ordem Pública (GLO), que foi instituído com o objetivo de "prevenir e reprimir os crimes ambientais, bem como combater as queimadas".
As operações foram planejadas com base em relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o organismo central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), e de imagens geradas pelo Centro de Gestão e Operações do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
O vice-presidente Mourão expressou seu agradecimento aos governadores de todos os estados da região amazônica pelo apoio à operação.
"Não queremos que o Brasil seja visto pelo resto do mundo como vilão do meio ambiente. Nós não somos isso e queremos deixar claro nosso compromisso com a proteção e a preservação e a busca do desenvolvimento sustentável da Amazônia", destacou.
As ações vão se estender, em princípio, por 30 dias, mas o governo visa um "planejamento perene até que possamos recompor os quadros dos órgãos de fiscalização e haja uma força dedicada somente a isso", afirmou Mourão.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ressaltou que o desmatamento da Amazônia vem aumentando desde 2012, com uma curva mais intensa de 2018 em diante.
"A dificuldade é de logística, de operação e de fiscalização, mas também devido à não adoção nos últimos 20 anos de medidas que dessem alternativa econômica sustentável para a população que vive na Amazônia, mais de 20 milhões de brasileiros. Por isso, um dos trabalhos é o de coordenar esses diversos vetores de criação de oportunidades para esses brasileiros que ficaram para trás", afirmou.
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