China refuta acusação da Austrália de "coerção econômica"

Beijing, 29 abr (Xinhua) -- O Ministério das Relações Exteriores chinês refutou nesta terça-feira a acusação da Austrália de "coerção econômica", ressaltando que os políticos não devem fazer manobras políticas sobre a origem do novo coronavírus.

A ministra australiana das Relações Exteriores, Marise Payne, fez tal acusação depois que o embaixador chinês na Austrália, Cheng Jingye, afirmou na segunda-feira que a ideia de um inquérito independente sobre a origem do vírus solicitado pela Austrália foi mal recebida pelos chineses. Cheng disse que o que a Austrália está fazendo pode fazer com que as pessoas na China pensem duas vezes antes de viajar ou estudar na Austrália, ou comprar produtos australianos.

A China sempre insistiu em desenvolver relações amistosas e cooperativas com os outros países com base no respeito mútuo e no tratamento igualitário, disse o porta-voz Geng Shuang em uma coletiva de imprensa, mencionando que Cheng expressou sua preocupação com o fato de certas ações equivocadas da Austrália terem despertado ultimamente a insatisfação do povo chinês.

Identificar a origem do novo coronavírus é uma questão científica que deve ser objeto de estudo para cientistas e profissionais, disse Geng. "Os políticos não devem fazer observações arbitrárias sobre esta questão, nem devem fazer manobras políticas sobre o assunto."

Geng disse que, como a pandemia da COVID-19 teve um impacto abrangente na economia mundial, a China está pronta para fortalecer a cooperação com outros países e fornecer ajuda em contribuição à saúde e ao bem-estar de toda a humanidade.

"Também esperamos que outros países trabalhem com a China para melhor colaborar com a promoção da cooperação internacional e da confiança mútua, ao invés de dizer uma coisa e fazer outra", acrescentou.