Diretor do laboratório de Wuhan rejeita teoria da conspiração sobre COVID-19, diz Reuters

2020-04-29 08:57:45丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 29 abr (Xinhua) -- As alegações de que o novo coronavírus tenha vindo do Laboratório Nacional de Biossegurança da China no Instituto de Virologia de Wuhan (WIV, em inglês) são infundadas e contradizem todas as evidências disponíveis, afirmou o diretor do laboratório, Yuan Zhiming, em uma recente entrevista à Reuters.

Yuan disse que alegações "maliciosas" sobre o laboratório foram "retiradas do nada" e contradizem todas as evidências disponíveis. "O WIV não teve a intenção nem a capacidade de projetar e fabricar um novo coronavírus", e "não há informações dentro do genoma do SARS-CoV-2 indicando que foi feito pelo homem", disse ele à Reuters.

Algumas teorias conspiratórias foram alimentadas por um artigo científico amplamente lido do Instituto Indiano de Tecnologia, desde que foi retirado, alegando que as proteínas no coronavírus compartilhavam uma "estranha semelhança" com as do HIV, diz a matéria.

A maioria dos cientistas agora acredita que o SARS-CoV-2 se originou na vida selvagem, com morcegos e pangolins identificados como possíveis espécies hospedeiras. O consenso científico é de que o coronavírus evoluiu naturalmente, de acordo com a Reuters.

"Mais de 70% das doenças infecciosas emergentes se originaram de animais, especialmente de animais selvagens", afirmou Yuan à Reuters.

Cientistas dizem que todos os sete coronavírus humanos conhecidos têm origem em morcegos, camundongos ou animais domésticos.

O diretor do laboratório também rejeita as teorias de que o laboratório tenha acidentalmente liberado um coronavírus coletado de morcegos para fins de pesquisa, assegurando que os procedimentos de biossegurança do laboratório foram estritamente aplicados, disse a Reuters.

"Laboratórios de biossegurança de alto nível têm instalações de proteção sofisticadas e medidas rigorosas para garantir a segurança de seus funcionários e proteger o meio ambiente da contaminação", explicou o diretor.

Ele disse que o instituto sempre esteve comprometido com a transparência e compartilharia todos os dados disponíveis sobre o coronavírus em tempo hábil.

Quanto à origem do vírus, Yuan disse à Reuters que "ainda não há respostas".

Ele citou um artigo de cientistas britânicos e alemães publicado este mês sugerindo que a variante do SARS-CoV-2 que circula nos Estados Unidos é uma versão mais "primitiva" da variante na China, e poderia ter aparecido lá primeiramente.  

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