Itália registra menor aumento de novas mortes em 5 semanas e vírus pode ter se espalhado antes de 21 de fevereiro
Roma, 24 abr (Xinhua) - Em outro sinal de encorajamento e esperança, a Itália registrou 420 novas mortes relacionadas ao COVID-19 nas últimas 24 horas, o menor aumento diário desde 18 de março, mostraram novos números na sexta-feira.
As novas mortes elevaram as fatalidades em todo o país para 25.969 desde o primeiro caso da pandemia no norte da Itália, no dia 21 de fevereiro, segundo dados do Departamento de Proteção Civil do país.
O número total de infecções ativas foi de 106.527, uma queda de 321 casos em relação ao dia anterior, de acordo com os dados mais recentes publicados em um boletim. Esta é a quinta queda diária consecutiva no número de infecções ativas na Itália.
O número total de casos confirmados, combinando infecções ativas, fatalidades e recuperações, aumentou para 192.994, um aumento diário de 3.021 na quinta-feira.
Houve 2.922 recuperações a mais em relação à quinta-feira, elevando o total nacional para 60.498.
Dos infectados, 2.173 estão em terapia intensiva, 94 a menos do que quinta-feira, e 22.068 estão internados em enfermarias normais, 803 a menos. O restante das 82.286 pessoas, ou 77 por cento daqueles que deram positivo, estão isolados em casa.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde da Itália (INS), os positivos para o vírus incluíram pelo menos 19.942 profissionais de saúde, sendo médicos, enfermeiros e outros funcionários.
Um total de 150 médicos morreram com a doença, de acordo com a Federação Nacional de Ordens de Cirurgiões e Dentistas (FNOMCeO).
MELHORANDO
O presidente da INS, Silvio Brusaferro, disse em uma entrevista coletiva na sexta-feira que "a situação epidemiológica melhorou claramente".
Ele explicou que isso foi provado pelas últimas tendências, que confirmaram a queda do número de pacientes sintomáticos com COVID-19, enquanto os de pacientes assintomáticos e de pacientes com problemas de saúde subjacentes leves estavam aumentando (dentro do número total de pessoas infectadas).
Os pacientes críticos também estavam em declínio, como demonstrado pelas quedas consecutivas no número de pessoas hospitalizadas em enfermarias normais e em unidades de terapia intensiva.
"Muitos núcleos (de infecção) ainda estão registrados nas instalações de enfermagem para idosos ou pessoas com deficiência (RSA, na sigla em italiano) e no nível familiar", explicou Brusaferro.
Observando os dados analisados pelo INS, atualizados em 24 de abril, a idade média dos pacientes com COVID-19 na Itália era de 62 anos, com mulheres representando 51,7 por cento e homens 48,3 por centos de todos os casos avaliados.
Atualmente, a "taxa de mortalidade de casos" geral de COVID-19 na Itália era de 12,9 por cento, com o maior número de mortes entre pacientes com idades entre 80 e 89 anos (40,5 por cento de todas as mortes) e entre aqueles com idade entre 70 e 79 anos (29,5 por cento), seguido por pessoas com 90 anos ou mais (14,1 por cento).
Entre os mortos, os homens representavam a maioria (63,3 por cento), e a média de idade das vítimas foi de 79 anos entre homens e 84 anos entre mulheres, segundo os dados mais recentes.
ANTES DA DATA OFICIAL?
Falando após o presidente da INS, um especialista do instituto de pesquisa da Itália Fondazione, Bruno Kessler, explicou que se acreditava que a pandemia se espalhou no país muito antes da data oficial de 21 de fevereiro.
Isso acontecia especialmente na região da Lombardia, no norte da Itália, cuja capital regional é Milão, a região mais atingida do país em geral.
"Realizando análises retrospectivas, percebemos que muitas pessoas foram infectadas na Lombardia bem antes de 20 de fevereiro", disse o pesquisador de Kessler, Stefano Merler, em entrevista à imprensa.
"Como tal, a verdadeira epidemia aqui, considerando o início dos sintomas, começou muito antes disso, em janeiro, com certeza, e talvez até mais cedo", enfatizou ele.
Uma quarentena nacional, imposta pelo governo da Itália desde 10 de março, deve terminar em 3 de maio.
Será seguida pela chamada "Fase Dois" da emergência, que permitirá uma retomada gradual das atividades sociais, econômicas e produtivas e um alívio das medidas restritivas dos movimentos populares.
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