Novas informações mostram disseminação da COVID-19 nos EUA antes do que se acreditava inicialmente

2020-04-25 18:35:47丨portuguese.xinhuanet.com

Los Angeles, 24 abr (Xinhua) -- O novo coronavírus se espalhou na costa oeste dos Estados Unidos semanas antes do que se acreditava inicialmente, de acordo com novas informações divulgadas por autoridades locais de saúde pública nesta semana.

As autoridades de saúde do distrito de Santa Clara, no estado da Califórnia, no oeste dos EUA, confirmaram na terça-feira que dois pacientes morreram da COVID-19 pelo menos três semanas antes da primeira morte conhecida nos EUA pela doença do novo coronavírus em 29 de fevereiro em Kirkland, no estado de Washington.

De acordo com um comunicado divulgado pelo Centro de Operações de Emergência do distrito do norte da Califórnia, o médico legista realizou autópsias em dois indivíduos que morreram em casa no início de fevereiro e recebeu resultados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças na terça-feira, que mostraram os dois testaram positivo para a COVID-19.

"À medida que o médico legista continua investigando cuidadosamente as mortes em todo o distrito, prevemos que outras mortes pela COVID-19 serão identificadas", afirmou o comunicado.

Patricia Dowd, 57 anos, mulher de San Jose, morreu em casa em 6 de fevereiro.

Jeffrey V. Smith, executivo do distrito de Santa Clara, disse à Xinhua em uma entrevista por e-mail que "até agora, esta é a primeira morte nos Estados Unidos".

A agente de saúde pública do distrito de Santa Clara, Dra. Sara Cody, disse à mídia que Dowd e outro homem de 69 anos que morreu em casa em 17 de fevereiro não tinham "um histórico significativo de viagens" e, presumivelmente, eles pegaram o vírus por meio da disseminação na comunidade.

Membros da família disseram que Dowd, que trabalhava como gerente de uma empresa de semicondutores, ficou incomumente doente no final de janeiro. Ela teve sintomas de gripe por alguns dias, depois pareceu se recuperar. Quando ela foi encontrada morta no início de fevereiro, a causa inicial parecia ter sido um ataque cardíaco, informou o Los Angeles Times nesta semana.

"O que essas mortes nos dizem é que tínhamos transmissão comunitária provavelmente em um grau significativo muito antes do que sabíamos", disse Cody a repórteres.

"Quando você tem um resultado como a morte ou internação em UTI, isso significa que há um icebergue de casos de tamanho desconhecido subjacente a essas pistas", disse ela.

Neeraj Sood, professor da Escola Price de Políticas Públicas da Universidade do Sul da Califórnia, disse ao Los Angeles Times que acredita que o vírus circulava semanas antes da morte recém-descoberta.

"Quando você começa a ver a primeira morte, na verdade, o número de casos na população provavelmente já é bastante alto. Está na comunidade há muito tempo", disse Sood ao jornal Los Angeles Times.

"Esses pacientes aparentemente contraíram a doença por disseminação na comunidade. Isso sugere que o vírus estava circulando na área da baía em janeiro pelo menos, provavelmente antes", disse Smith à Xinhua.

De acordo com um novo estudo divulgado por pesquisadores da Universidade de Stanford no início deste mês, cerca de 48.000 a 81.000 pessoas no distrito de Santa Clara já podem ter sido infectadas com a COVID-19 até o início de abril, uma indicação de que 2,5% a 4,2% dos residentes do distrito podem ter anticorpos.

Existem 2.018 casos confirmados da COVID-19 e 98 mortes no distrito de Santa Clara até agora, segundo os dados divulgados pelo Departamento de Saúde Pública local na sexta-feira de manhã.

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