Ministério da Saúde do Brasil acompanha 9 estudos para tratamento de COVID-19

2020-04-08 13:00:52丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 7 abr (Xinhua) -- O Ministério da Saúde do Brasil informou nesta terça-feira que acompanha o desenvolvimento de nove ensaios clínicos realizados no país para testar a eficácia e segurança do uso de alternativas no tratamento de pacientes da doença do novo coronavírus (COVID-19), com a participação de mais de 100 centros de pesquisas, como universidades e hospitais, reunindo 5 mil pacientes com quadros leves, graves e moderados.

O objetivo é testar novas drogas e terapias que possam ser efetivas no tratamento de pacientes infectados pela doença e a expectativa é que resultados preliminares das pesquisas estejam disponíveis a partir de 20 de abril.

"No curto prazo teremos resultados preliminares já em abril para oferecer terapias seguras e eficazes para a população. Temos que nos basear em evidências científicas. Nós estamos em busca de uma resposta segura e eficaz para a população e a disponibilizaremos rapidamente", declarou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério, Denizar Vianna.

Os principais medicamentos utilizados nos estudos são a Cloroquina e a Hidroxicloroquina associadas ao antibiótico Azitromicina, já usadas contra a malária e doenças autoimunes; a combinação de remédios contra HIV, formada por Lopinavir e Ritonavir; a combinação de Lopinavir e Ritonavir em conjunto com a substância Interferon beta-1b, usada no tratamento de esclerose múltipla; e o Antiviral Remdesivir, desenvolvido para casos de ebola.

Além disso, nas próximas semanas deverão ser iniciados os estudos com o corticosteroide dexametasona, com o inibidor de interleucina-6 - tocilizumabe, e com plasma convalescente, que em outros países têm sugerido resultados promissores para combater a infecção viral por meio de seus anticorpos.

O chamado plasma convalescente é a parte líquida do sangue que pode ser coletada de pacientes que já se recuperaram da infecção por coronavírus.

Um dos grupos de pesquisa no Brasil, chamado Coalizão COVID-19 Brasil, é formado por hospitais integrantes do Proadi-SUS, como Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento e Alemão Oswaldo Cruz, além da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (Rede BRICNet) e da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Outra linha de pesquisa é desenvolvida a partir do "ensaio clínico Solidarity", da Organização Mundial da Saúde (OMS), no qual o Brasil, junto a 45 países, se uniu para investigar a eficácia de medicamentos no tratamento da COVID-19.

No Brasil, o estudo é coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Também está sendo acompanhado o estudo em desenvolvimento pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, em Manaus (AM).

Segundo a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Camile Sachetti, há um acompanhamento diário das pesquisas mundiais que estão sendo desenvolvidas, bem como as publicações em periódicos internacionais sobre novas possibilidades de tratamentos e vacinas para o tratamento da COVID-19.

Os casos confirmados no Brasil de pacientes infectados com o novo coronavírus somam 13.717, com 667 mortes e uma taxa de letalidade de 4,9%, segundo os dados oficiais divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde.

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