Pandemia afeta 81% da força de trabalho global, diz OIT

Genebra, 7 abr (Xinhua) -- Mais de quatro em cada cinco pessoas, ou 81% da força de trabalho global de 3,3 bilhões de pessoas, são atualmente afetadas por fechamentos completos ou parciais no local de trabalho devido à pandemia da COVID-19, de acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicado na terça-feira.

O relatório descreveu a pandemia como "a pior crise global desde a Segunda Guerra Mundial", prevendo que a crise cortará 6,7% das horas de trabalho globalmente no segundo trimestre de 2020 -- o equivalente a 195 milhões de trabalhadores em tempo integral.

Prevendo grandes reduções de horas de trabalho nos Estados Árabes, Europa e Ásia-Pacífico, o relatório indicou que os setores mais em risco incluem serviços de acomodação e alimentos, manufatura, varejo e atividades comerciais e administrativas.

O relatório também previu "enormes perdas" entre diferentes grupos de renda, especialmente nos países de renda média-alta (7%, 100 milhões de trabalhadores em tempo integral), o que supera em muito os efeitos da crise financeira de 2008-9.

"Os trabalhadores e empresas estão enfrentando uma catástrofe, tanto nas economias desenvolvidas quanto nas em desenvolvimento", disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. "Temos que agir rápido, decisivamente e juntos. As medidas certas e urgentes podem fazer a diferença entre sobrevivência e colapso."

Embora o provável aumento do desemprego global durante 2020 dependa substancialmente de desenvolvimentos futuros e medidas políticas, o relatório sugeriu "um alto risco de que o número de fim de ano seja significativamente maior do que a projeção inicial da OIT, de 25 milhões".