Brasil está conseguindo ter uma curva epidêmica menos pronunciada, informa ministro da Saúde

Brasília, 2 abr (Xinhua) -- O ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quinta-feira que o país está conseguindo ter uma curva epidêmica do novo coronavírus menos pronunciada graças às medidas de distanciamento social, que defendeu continuar mantendo até que haja condições para flexibilizá-las.

Em entrevista coletiva para divulgar o balanço atualizado da epidemia, Mandetta disse que "estamos no caminho certo" e convocou à sociedade brasileira a reafirmar seu compromisso com as medidas de prevenção.

"Estamos conseguindo uma curva menos pronunciada, o que demonstra que está valendo a pena a diminuição da dinâmica social que devemos manter até que tenhamos condições; hoje vejo a iniciativa privada também se organizar, repor seus estoques, para poder atravessar esse período difícil", ressaltou .

Segundo o boletim divulgado nesta quinta-feira, o número de casos confirmados aumentou 16% com relação ao dia anterior, quando na véspera o incremento tinha sido de 20%.

Os casos confirmados no Brasil da COVID-19 somam 7.910,com 299 mortes e uma taxa de letalidade de 3,8%. Nesta quinta-feira foram registrados 1.076 novos casos em comparação com 1.119 do dia anterior e 1.138 da terça-feira.

O ministro anunciou também que será construído um hospital de campanha no entorno do Distrito Federal, onde se registra o nível de contágio per capita mais alto do país, com 12,1 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo, com 7,6 e Ceará, com 6.

A construção do hospital de campanha servirá como experiência piloto para determinar o tempo que levará para por em pé essa infraestrutura e, depois, usá-la como referência para responder à demanda eventual de outros estados.

Mandetta informou ainda que, a partir de um novo estudo sobre o potencial da cloroquina para o tratamento da COVID-19, publicado em um jornal científico de New England, nos Estados Unidos, o governo fará com que uma segunda leva de pacientes brasileiros recebam essa substância como parte de seu tratamento.