Bolsonaro pede união ao Brasil para salvar vidas e preservar empregos na luta contra a COVID-19

2020-04-01 15:04:17丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 31 mar (Xinhua) -- Em pronunciamento transmitido por rádio e televisão a todo o país, na noite desta terça-feira, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro destacou a necessidade de salvar vidas e preservar empregos durante a luta contra o novo coronavírus, que já causou 201 mortes e infectou 5.717 pessoas em pouco mais de um mês de epidemia.

"Temos uma missão: salvar vidas sem deixar para trás os empregos. Por um lado, temos que ter cautela e precaução com todos, principalmente junto aos mais idosos e portadores de doenças pré-existentes. Por outro, temos que combater o desemprego que cresce rapidamente, em especial entre os mais pobres", afirmou Bolsonaro.

Em seu quarto pronunciamento à nação desde a chegada da COVID-19 ao Brasil, Bolsonaro se mostrou convencido de que "vamos cumprir essa missão, ao mesmo tempo em que cuidamos da saúde das pessoas" e pediu "colaboração" e "união de todos em um grande pacto pela preservação da vida e dos empregos: Parlamento, Judiciário, governadores, prefeitos e sociedade".

O presidente brasileiro, que até agora tinha criticado as medidas de isolamento social recomendadas por seu ministro da Saúde e decretadas por governadores e prefeitos em todo o país e defendido a volta à normalidade do comércio e da economia de modo geral, admitiu que "temos que evitar ao máximo qualquer perda de vidas humanas", mas destacou que "ao mesmo tempo, devemos evitar a destruição dos empregos, algo que já vem trazendo muito sofrimento para os trabalhadores brasileiros".

Nos oito minutos de duração de seu novo pronunciamento, Bolsonaro mudou o tom sobre a COVID-19, a que já tinha chamado de "uma gripezinha", ao afirmar que "estamos diante do maior desafio de nossa geração".

"O vírus é uma realidade. Ainda não existe vacina contra ele ou remédio com eficiência cientificamente comprovada", admitiu Bolsonaro, embora tenha voltado a dizer que a hidroxicloroquina parece bastante eficaz e anunciou que os laboratório militares do país produzirão em 12 dias 1 milhão de comprimidos de cloroquina, além de álcool em gel.

O presidente destacou também algumas das medidas anunciadas por seu governo para lutar contra o virus, tanto na saúde como na economia e enfatizou que "a COVID-19 veio e um dia irá embora. Infelizmente, teremos perdas no caminho. Eu mesmo já perdi entes queridos no passado, e sei o quanto é doloroso. Todos nós temos que evitar, ao máximo, qualquer perda de vida humana."

Segundo Bolsonaro, o efeito colateral das medidas de combate à COVID-19 não pode ser pior que a própria doença. "Minha obrigação como presidente vai além dos próximos meses. Preparar o Brasil para sua retomada, reorganizar nossa economia e mobilizar todos os nossos recursos e energia para tornar o Brasil ainda mais forte após a pandemia".

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