Destaque: Novo laboratório de RCP construído pela China alivia pressão de teste de COVID-19 no Iraque
Bagdá, 30 mar (Xinhua) - O novo laboratório de RCP (reação em cadeia da polimerase), construído pela equipe chinesa de especialistas na capital iraquiana Bagdá, completou cerca de 720 testes no domingo, aliviando a pressão do Laboratório Central de Saúde Pública (LCSP) do Iraque em identificar o COVID-19 após a ocorrência de um problema técnico.
No dia 25 de março, o novo laboratório de RCP foi inaugurado na Cidade Médica, no centro de Bagdá, com o objetivo de aumentar a capacidade de detecção de ácido nucleico necessária para conter a pandemia de COVID-19 no país devastado pela guerra.
"Tivemos um problema técnico ontem no laboratório central", disse à Xinhua na segunda-feira, Mohammed Ghanim Mahdi, responsável pelo novo laboratório e também diretor do Centro Nacional dos Laboratórios de Ensino da Cidade Médica.
No entanto, o problema técnico do LCSP na noite de domingo levou os técnicos do laboratório de RCP a continuarem seu trabalho, que deveria terminar às 20:00h, mas foram forçados a retomarem o trabalho a partir das 22:00h.
"Trabalhamos para compensar o atraso dos casos de testes do laboratório central e recebemos 560 amostras do LCSP para testar, além de outras 160 recebidas pelo laboratório de RCP recebido pela Cidade Médica e pelo departamento de saúde de Rusafa a serem testado em um dia por nós", disse Mahdi, que trabalhou durante a noite com técnicos no laboratório e não dorme por 24 horas.
Mahdi disse: "imagine se o problema técnico ocorresse sem a existência deste novo laboratório, seria um desastre, porque não haveriam resultados por uma semana ou mais".
No início do dia, Yang Honghui, membro da equipe de especialistas chineses e diretor técnico da Daan Gene Co., Ltd. da Universidade Sun Yat-sen, deu orientação no novo laboratório de RCP e foi ao LCSP para checar os detalhes técnicos do problema.
Ghada Ghalib Falih, diretora do LCSP, disse à Xinhua na quinta-feira passada que o laboratório central está operando para testar o COVID-19 sob pressão crescente por dezenas de dias.
Segundo ela, o número de testes realizados aumentou gradualmente de cerca de 20 para mais de 400 amostras suspeitas por dia.
"Você pode imaginar o que está acontecendo", disse Ghada. "Todos os especialistas, funcionários e máquinas estão trabalhando, à noite, tenho que dizer 'pare', caso contrário, a máquina estará pegando fogo".
Antes da criação do novo laboratório de fabricação chinesa, o LCSP era o único laboratório no Iraque que tem a capacidade RCP de testar e confirmar casos de COVID-19, que atualmente conta com kits de diagnóstico doados pela Organização Mundial de Saúde.
No entanto, o laboratório central enfrenta escassez de kits de teste. Ghada espera usar os kits de diagnóstico trazidos pela equipe chinesa de especialistas em breve.
Os especialistas em saúde iraquianos consideram o novo laboratório construído pela China um instrumento para aumentar a capacidade do Iraque de testar um número maior de casos suspeitos de COVID-19, e planejam reduzir drasticamente a pressão no laboratório central.
O Ministério da Saúde do Iraque confirmou na segunda-feira 83 novos casos de COVID-19, elevando o número total de infecções para 630. O número de mortos subiu para 46.
O governo iraquiano adotou várias medidas recentemente para conter o surto de COVID-19, incluindo a extensão do toque de recolher em todo o país até 11 de abril.
Para ajudar o Iraque a lidar com a disseminação do coronavírus, uma equipe chinesa de sete especialistas trabalha com seus colegas iraquianos desde 7 de março no país.
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