China doa máscaras e roupas de proteção para a cidade de São Paulo

São Paulo, 30 mar (Xinhua) -- A China doará 100 mil máscaras e 1 mil uniformes especiais para os profissionais da área de saúde da cidade de São Paulo, a maior do Brasil e da América do Sul, que concentra a maior quantidade de pacientes com o novo coronavírus no país.

Em declaração à Xinhua, o secretário de Relações Internacionais do município de São Paulo, Luiz Álvaro Salles Aguiar de Menezes, destacou a China por seu "exemplo" no combate à pandemia da COVID-19.

A doação de 50 mil máscaras e dos uniformes especiais para médicos e pessoal hospitalar foi realizada com a cooperação do Consulado Geral da China em São Paulo viabilizada financeiramente pelo Banco da China. A chegada dos produtos está prevista para o dia 6 de abril.

As outras 50 mil máscaras serão doadas pela cidade de Shanghai, dentro de um acordo de cooperação com São Paulo, vigente desde 1998.

"A cidade de Sao Paulo é a maior do hemisfério Sul, um grande 'hub' internacional da América do Sul e, como era de se esperar, foco do coronavírus no Brasil", disse à Xinhua o secretário.

O responsável pelas relações internacionais da cidade destacou a experiência chinesa como exemplo a ser utilizado no Brasil frente à epidemia da COVID-19.

"A experiência da China na luta contra a COVID-19, seja pelas políticas de isolamento, pela velocidade e volumes das análises médicas, disponibilidade de novos leitos de hospital com rapidez nos mostra bons exemplos que deram resultado", afirmou Salles Aguiar de Menezes.

O secretário destacou as medidas adotadas por São Paulo, como o distanciamento social e o fechamento das atividades não essenciais para evitar aglomerações de pessoas.

"Devido à rapidez do contágio e aos impactos que o vírus teve em vários países", explicou, dizendo que "a cidade de São Paulo, que possui um sistema de saúde de referência, tomou medidas imediatas para conter a propagação. Além disso mapeou as ações realizadas no mundo com dados científicos para adotar suas medidas".

Até sexta-feira passada, os últimos dados oficiais contabilizavam 1.044 casos confirmados na cidade, dos 3.417 registrados naquele dia em todo o Brasil.

O primeiro caso no país foi registrado no dia 26 de fevereiro, na cidade de São Paulo, quando se confirmou o contágio de um homem que tinha regressado contaminado após uma viagem pelo norte da Itália.