Analistas italianos esperam que G20 incentive colaboração em economia e saúde na cúpula especial
Roma, 26 mar (Xinhua) - Com autoridades dos países do Grupo dos 20 (G20) se preparando para uma cúpula de líderes de emergência online, analistas disseram que os países atingidos pelo COVID-19 devem pressionar pela colaboração para resolver problemas econômicos e de saúde relacionados.
A partir das 10:00 CET (09:00 GMT) de quarta-feira, foram notificados 414.179 casos de COVID-19 em 196 países e territórios, com mais de 18.000 mortos pelo surto, de acordo com o painel de situação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Raffaele Marchetti, professor de relações internacionais da Universidade LUISS em Roma, disse à Xinhua que o novo coronavírus se tornou "a maior prioridade" na agenda do G20.
O Fundo Monetário Internacional prevê que a pandemia de coronavírus provavelmente desencadeie uma recessão global, o que levou a Arábia Saudita, presidente do G20 deste ano, a convocar a cúpula especial para tratar do assunto.
Antonio Villafranca, coordenador de pesquisa e chefe do programa europeu do Instituto Italiano de Estudos Políticos Internacionais, disse que refletir sobre a crise financeira mundial de 2008-09 pode fornecer um plano para os países do G20 abordarem as implicações econômicas do COVID-19.
"Se os ministros das finanças e os governadores dos bancos centrais podem concordar em coordenar ações para ajudar a garantir liquidez nos mercados financeiros e tomar outras medidas para diminuir o impacto econômico do surto, isso enviará um sinal de boas-vindas aos mercados", disse Villafranca.
Villafranca disse que a China e a Itália podem desempenhar um papel ao pressionar por uma maior cooperação internacional para diminuir o impacto econômico da atual crise.
Marchetti disse que uma prioridade para a reunião online seria dar maior autoridade à OMS, uma medida que permitiria à organização obrigar os países a responderem de maneiras específicas.
"Temos que lembrar que a OMS foi criada para enfrentar a crise da saúde após a Segunda Guerra Mundial. Talvez esta última crise mude ainda mais a organização", afirmou ele.
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