Governo brasileiro defende "isolamento e distanciamento social" contra COVID-19, diz vice-presidente

2020-03-26 14:56:20丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 25 mar (Xinhua) -- O vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, assegurou nesta quarta-feira que a posição do governo contra a COVID-19 "é uma só: isolamento e distanciamento social".

Em declarações à imprensa, Mourão contradisse o pronunciamento ao país por rádio e televisão feito na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro, quando defendeu "o regresso à normalidade" e criticou o "confinamento em massa" da população decretado pela maioria dos governadores.

"A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só. A posição do governo é o isolamento e o distanciamento social", disse Mourão embora tenha admitido que a orientação para isolamento está sendo discutida.

O vice-presidente brasileiro ressaltou que "existe uma discussão no mundo entre o isolamento horizontal e o isolamento vertical, que são pessoas que pertencem ao grupo de risco e as que têm convivência com elas".

Na entrevista após reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão que preside, Mourão declarou que o presidente pode não ter se expressado da melhor forma.

"Ontem, o presidente buscou colocar e pode ser que ele tenha se expressado de uma forma, digamos assim, que não foi a melhor. Mas o que ele buscou colocar é a preocupação que todos nós temos com a segunda onda", afirmou o vice-presidente, explicando que a segunda onda são os impactos na economia.

Mourão defendeu que a mudança do isolamento horizontal, envolvendo todas as pessoas, para o vertical, defendida por Bolsonaro, seja gradual após um período de 14 dias. É preciso liberar as pessoas para as atividades essenciais para a "vida vegetativa" do país, declarou.

O pronunciamento de Bolsonaro na noite de terça-feira foi duramente criticado pelos governadores e por várias autoridades do arco parlamentar brasileiro, que o qualificaram como "irresponsável" diante da expansão da COVID-19 no país.

Segundo o último balanço divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde, já foram registrados 2.433 casos positivos do coronavírus, com 57 mortes.

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