Ministério da Saúde do Brasil distribuirá 22,9 milhões de testes de diagnóstico para COVID-19

2020-03-25 13:00:46丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 24 mar (Xinhua) -- O Ministério da Saúde do Brasil informou nesta terça-feira que distribuirá 22,9 milhões de testes para diagnóstico da COVID-19, em uma iniciativa que tem o objetivo de adaptar a estratégia de combate ao novo coronavírus à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de realizar testes amplos para isolar os casos da doença.

Em uma entrevista, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, explicou que serão entregues dois tipos diferentes de testes: um que detecta o vírus a partir de uma amostra de laboratório (conhecido como RT-PCR) e outro que comprova a resposta do corpo ao vírus (teste serológico rápido, quando se comprovam os anticorpos na resposta imunológica do corpo ao micro-organismo invasor).

Oliveira explicou que foram comprados ou doados 14,9 milhões de testes RT-PCR: 3 milhões através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); 1,3 milhão comprados por empresas privadas; 600 mil doados pela Petrobras e 10 milhões que estão em negociação e devem ser adquiridos no mercado nacional e no internacional.

Um novo protocolo está sendo definido para realizar testes nos casos mais leves nos postos de saúde ou em unidades móveis.

Segundo o secretário, a ideia é utilizar essa estratégia em cidades com mais de 500 mil habitantes, como um instrumento que pode, por exemplo, conter os surtos, isolando os pacientes afetados pela COVID-19.

Até agora, o governo distribuiu 32.500 testes na rede de saúde pública de todo o país, com 2.201 casos confirmados e 46 mortes, segundo balanço divulgado na terça.

As autoridades sanitárias têm uma expectativa de crescimento de contágios de 33%, o que significa que o número de casos deve duplicar a cada três dias.

No Brasil, a estratégia do governo até o momento tem sido promover o isolamento domiciliar de pessoas que não realizam atividades essenciais, com diferenças entre os diversos estados, mas não há medidas restritivas unificadas nem quarentena total no país.