China e Estados Unidos devem combater COVID-19 juntos, diz embaixador chinês
Washington, 22 mar (Xinhua) -- Beijing e Washington estão "no mesmo barco" e devem combater juntos o coronavírus, afirmou Cui Tiankai, embaixador chinês nos Estados Unidos.
O surto da COVID-19 é um desafio de saúde pública global, disse Cui na terça-feira na série documental da HBO e site de notícias dos Estados Unidos, AXIOS, conforme uma transcrição divulgada pela Embaixada da China em Washington.
"Estamos realmente no mesmo barco", disse Cui. "Portanto temos que trabalhar juntos como parceiros para combater o vírus, restaurar a normalidade da economia, aumentar a confiança das pessoas em relação à economia mundial (e) desenvolver uma capacidade de responder a crises como essa".
O diplomata chinês expressou sua gratidão pelo suporte e assistência do povo norte-americano no combate da China ao coronavírus.
A China está disposta a trabalhar juntamente com outros países para lidar com esta crise global e fazer o que estiver ao seu alcance para ajudar os outros, disse Cui.
Ao comentar o ato de alguns políticos norte-americanos de classificar a COVID-19 como um "vírus chinês", Cui salientou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com certas práticas de nomeação de doenças, com a finalidade de evitar a estigmatização.
"Então, espero que todos sigam a regra da OMS", acrescentou.
É essencial rastrear a origem do coronavírus, "mas esse é um trabalho para os cientistas, não para diplomatas e nem para a especulação de jornalistas", disse o embaixador, enfatizando que tais especulações são muito prejudiciais e inúteis.
As relações China-EUA estão em um momento crítico, ponderou ele, dizendo que os dois países precisam fazer a escolha certa para o futuro de seus laços.
"Na verdade, não temos outra alternativa a não ser cooperar", prosseguiu ele.
Cui também expressou sua preocupação com a rápida propagação da COVID-19 nos Estados Unidos e disse que, "como os Estados Unidos são muito fortes em capacidade médica e em tecnologia, espero que aproveitem essas vantagens ao máximo, e coloquem todas suas forças para conter a epidemia o mais rápido possível".
Os casos confirmados e as fatalidades nos Estados Unidos atingiram 33.276 e 417, respectivamente, de acordo com os dados mais recentes da Universidade Johns Hopkins, atualizados no domingo às 18h43 (2243 GMT).
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