Associação de médicos portugueses pede endurecimento das restrições
Lisboa, 21 mar (Xinhua) -- A Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) pediu neste sábado ao governo que seja mais restritivo sob o estado de emergência para combater o coronavírus, alertando que as exceções poderiam ser entendidas como permissões, segundo informou a agência de notícias Lusa.
"O governo deveria ter ido mais longe nesta fase, faria mais sentido apertar mais as medidas, restringindo mais as pessoas em casa e apoiando os mais vulneráveis, e fazendo uma avaliação ao fim de uma semana", disse à Lusa o presidente da ANMSP, Ricardo Mexia.
"Temo que com estas exceções as pessoas as adotem como permissões", disse Mexia, instando o público a respeitar o princípio geral do decreto sobre o distanciamento social.
Em 18 de março, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou estado de emergência por 15 dias. Desde quinta-feira as pessoas não podem andar na rua em grupos com mais de duas pessoas. A maioria das lojas está fechada, exceto as que fornecem itens essenciais, como alimentos e medicamentos.
O trabalho remoto agora é obrigatório para todas as empresas que podem funcionar dessa forma. Os restaurantes estão fechados, mas ainda podem vender comida para levar. Empresas privadas ou profissionais podem ser obrigados a atuar em um caso de emergência, se exigido pelo Estado.
Segundo os dados divulgados no sábado pela Diretoria Geral de Saúde (DGS), Portugal registrou 260 novos casos de coronavírus e seis novos óbitos em um período de 24 horas, elevando o total para 1.280 casos e 12 mortes.
Das 1.280 pessoas infectadas pelo vírus, a grande maioria (1.124) está se recuperando em casa, e 156 estão internadas, sendo 35 em unidades de terapia intensiva.
A ministra da Saúde de Portugal, Marta Temido, disse a repórteres que o pico da infecção pelo coronavírus em Portugal pode chegar em meados de abril.
Segundo a ministra, de acordo com a evolução do número de casos de COVID-19 em Portugal e os cálculos das estimativas epidemiológicas disponíveis, estima-se que a data prevista para a ocorrência do pico da curva epidemiológica seja por volta de 14 de abril.
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