Suprimentos fabricados na China reforçam guerra mundial contra COVID-19
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- Máscaras faciais, termômetros infravermelhos e roupas de proteção estão entre as exportações chinesas mais procuradas, já que o país se une ao resto do mundo para conter a doença de novo coronavírus (COVID-19) que já atingiu 159 países e regiões.
Informações publicadas por um número crescente de empresas cotadas na China mostraram que as fábricas estão funcionando com capacidade total para garantir o fornecimento doméstico, enquanto atendem a uma onda de demanda no exterior por equipamentos de proteção e outros suprimentos médicos.
A Shenzhen Mindray Bio-Medical Electronics Co., Ltd. disse que o governo italiano havia adquirido cerca de 10 mil dispositivos para combater a doença, a maioria dos quais para monitoramento de pacientes, da gigante de equipamentos médicos de Guangdong, cujos produtos faziam parte da assistência médica chinesa que chegou à Itália em 12 de março.
"Foi o maior pedido único para a empresa desde o surto da COVID-19", disse Li Wenmei, secretário do conselho da empresa. Segundo Li, a Mindray também recebeu pedidos de outros países europeus, da região Ásia-Pacífico e do Oriente Médio. A empresa recebeu também um pedido da Espanha e os detalhes da encomenda serão divulgados no início de abril.
A Guangdong Biolight Meditech Co., Ltd. listada na Bolsa de Valores de Shenzhen divulgou na terça-feira que desde 2 de março recebeu pedidos de quase 2 mil equipamentos médicos de oito países, incluindo Itália, França e Alemanha. A Zhejiang Dali Technology Co., Ltd, fabricante de termômetros infravermelhos, disse que a produção está funcionando a todo vapor para atender a pedidos crescentes dentro da China, na Ásia, na Europa e na América.
As matérias-primas para a fabricação de equipamentos de proteção também estão com grande demanda. A Oriental Energy Co., Ltd, uma importante operadora de recursos alcanos, relatou que exportou mais de 3 mil toneladas de Y381H, uma fibra essencial para a fabricação do pano não tecido de meltblown (fundido e soprado), usado para produzir máscaras faciais e roupas de proteção, para países como Índia e Vietnã desde fevereiro.
Para facilitar o fornecimento ao mercado externo, empresas e instituições chinesas estão intensificando os esforços para adquirir credenciais de importação.
A fabricante de máscaras Great Star Industrial Co., Ltd. disse que concluiu o registro de dispositivos médicos na União Europeia (UE) para seus produtos depois de receber a declaração CE de documento de conformidade, que indica o compromisso da fabricante com a qualidade e que seu produto está em conformidade com todos os requisitos da legislação europeia para produtos.
Pelo menos 10 produtores chineses de kits de detecção para testes de ácido nucleico e anticorpos também obtiveram aprovações para entrar no mercado da UE. Espera-se que os kits atendam às crescentes demandas clínicas para uma detecção rápida e precisa do vírus e facilitem as medidas de quarentena.
Ao mesmo tempo, 14 kits de teste para o novo coronavírus desenvolvidos por cinco universidades chinesas, incluindo a Universidade Tsinghua, já obtiveram a marcação CE, que permite que sejam comercializados em toda a UE, segundo o Ministério da Educação.
A China doou um lote de kits de teste e os produtos já foram enviados para mais de dez países como Itália, Grã-Bretanha e Holanda, disse Lei Chaozi, funcionário do ministério em uma coletiva de imprensa em Beijing na terça-feira.
AJUDA SINCERA
Para proteger e salvar seu povo do vírus, a China retirou todas as restrições para a produção de suprimentos médicos em meio a grandes esforços para recuperar totalmente a cadeia industrial.
A China produz cerca de metade das máscaras do mundo, com uma produção diária de 20 milhões de unidades antes da epidemia. Ainda assim, teve que lançar uma expansão maciça da produção para garantir o suprimento, dado o crescimento explosivo da demanda.
Com a produção operando em velocidade máxima, a produtividade diária de máscaras faciais da China atingiu 116 milhões de unidades no início de março, 12 vezes o número relatado em 1º de fevereiro.
Como a COVID-19 está mais contida dentro da China, o país está se tornando um importante exportador e doador de necessidades antiepidêmicas -- um amigo que ajuda os outros países e regiões a lutar contra a doença. Abaixo seguem alguns de seus últimos esforços:
-- Uma aeronave transportando 500 mil máscaras médicas da China chegou ao aeroporto de Zaragoza no norte da Espanha na terça-feira, conforme os casos confirmados de COVID-19 no país aumentaram para 11.178;
-- Uma equipe de 12 especialistas médicos da Província de Zhejiang, no leste da China, foi enviada à Itália na terça-feira pelo governo chinês para ajudar na luta antiepidêmica na Península dos Apeninos;
-- 300 mil máscaras doadas por instituições de caridade da China chegaram à Bélgica na segunda-feira;
-- A China doou 2 mi kits de teste rápido para COVID-19 às Filipinas na segunda-feira;
-- A cidade de Beijing doará suprimentos de proteção incluindo roupas e luvas de isolamento médico para as cidades de Seul, Teerã, Tóquio e Yokohama para ajudar no controle do novo coronavírus. Cerca de 200 mil vestes de proteção médica, 100 mil pares de luvas, 200 mil pares de capas para sapatos e 200 mil toucas médicas descartáveis serão entregues para essas cidades;
-- A Província de Guangdong, no sul da China, doou mais de 80 mil kits de teste para países como Irã, Japão, Iraque e Peru;
-- A Província de Hunan, no centro da China, doou suprimentos para ajudar a luta contra o novo coronavírus no Laos e na República da Coreia;
A China continuará expandindo a cooperação internacional e oferecendo apoio a outros países e regiões na luta contra a COVID-19, disse Li Xingqian, funcionário do Ministério do Comércio.
"Lembraremos para sempre da sincera ajuda oferecida por outros países e organizações internacionais à China, quando o país lutou contra a epidemia", disse Li. "Ao superar suas próprias dificuldades, a China oferecerá assistência dentro de suas capacidades aos países que necessitarem, especialmente os países e regiões gravemente afetados pelo vírus."
O governo chinês continuará incentivando suas empresas a exportar máscaras faciais e outros suprimentos médicos para dar suas devidas contribuições à luta global contra a COVID-19, segundo o funcionário.
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