(Multimídia) Polarização da riqueza nos EUA atinge maior alta em 50 anos, diz relatório de direitos humanos

Um mendigo está sentado na beira da estrada em Chicago, nos Estados Unidos, em 17 de janeiro de 2020, em meio a uma nevasca. (Xinhua / Wang Ping)
Beijing, 13 mar (Xinhua) -- A disparidade entre ricos e pobres nos Estados Unidos atingiu sua maior alta em 50 anos em 2018, quando o Índice Gini do país aumentou para 0,485, de acordo com um relatório divulgado pelo Escritório de Informações do Conselho de Estado na sexta-feira.
Citando várias reportagens da mídia e registros públicos, o Registro de Violações dos Direitos Humanos nos Estados Unidos em 2019 apontou que a crescente consolidação da riqueza nas mãos de poucos foi além do que muitos americanos consideram justificado ou moralmente aceitável.
Em 2018, os 10% mais ricos detinham 70% da riqueza total das famílias americanas. Os 50% mais pobres registraram ganhos líquidos praticamente nulos em riqueza nos últimos 30 anos, reduzindo sua já escassa parcela da riqueza total para apenas 1% dos anteriormente 4%, sendo literalmente esmagados pelo peso da crescente disparidade, segundo o documento.
A tendência básica de aumentar a diferença de renda nos Estados Unidos está lançando influências negativas no aproveitamento e na realização dos direitos humanos, afirmou o relatório.
Foi assinalado que a principal razão para essa tendência é estrutural, que é determinada pelo sistema político dos Estados Unidos e pelos interesses de capital, acrescentando que o governo dos EUA não apenas carece de vontade política para eliminar essas causas estruturais, mas também introduz continuamente políticas e medidas para fortalecê-las.
Nos Estados Unidos, "a persistência da pobreza extrema é uma escolha política feita pelos que estão no poder", disse o relatório, citando Philip G. Alston, relator especial das Nações Unidas sobre a pobreza extrema e os direitos humanos.
Mesmo com cerca de 39,7 milhões de pessoas vivendo na pobreza em 2018, o Congresso dos EUA se recusou a aumentar o salário mínimo federal de US$ 7,25 por hora durante uma década.
Segundo os dados do relatório, a disparidade de saúde entre os Estados Unidos e os países com o mesmo nível de desenvolvimento continua aumentando, uma vez que 13,7% dos adultos americanos não tinham seguro saúde no final de 2018, contra 10,9% no final de 2016.
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