(Multimídia) Polarização da riqueza nos EUA atinge maior alta em 50 anos, diz relatório de direitos humanos

2020-03-13 19:23:45丨portuguese.xinhuanet.com

Um mendigo está sentado na beira da estrada em Chicago, nos Estados Unidos, em 17 de janeiro de 2020, em meio a uma nevasca. (Xinhua / Wang Ping)

Beijing, 13 mar (Xinhua) -- A disparidade entre ricos e pobres nos Estados Unidos atingiu sua maior alta em 50 anos em 2018, quando o Índice Gini do país aumentou para 0,485, de acordo com um relatório divulgado pelo Escritório de Informações do Conselho de Estado na sexta-feira.

Citando várias reportagens da mídia e registros públicos, o Registro de Violações dos Direitos Humanos nos Estados Unidos em 2019 apontou que a crescente consolidação da riqueza nas mãos de poucos foi além do que muitos americanos consideram justificado ou moralmente aceitável.

Em 2018, os 10% mais ricos detinham 70% da riqueza total das famílias americanas. Os 50% mais pobres registraram ganhos líquidos praticamente nulos em riqueza nos últimos 30 anos, reduzindo sua já escassa parcela da riqueza total para apenas 1% dos anteriormente 4%, sendo literalmente esmagados pelo peso da crescente disparidade, segundo o documento.

A tendência básica de aumentar a diferença de renda nos Estados Unidos está lançando influências negativas no aproveitamento e na realização dos direitos humanos, afirmou o relatório.

Foi assinalado que a principal razão para essa tendência é estrutural, que é determinada pelo sistema político dos Estados Unidos e pelos interesses de capital, acrescentando que o governo dos EUA não apenas carece de vontade política para eliminar essas causas estruturais, mas também introduz continuamente políticas e medidas para fortalecê-las.

Nos Estados Unidos, "a persistência da pobreza extrema é uma escolha política feita pelos que estão no poder", disse o relatório, citando Philip G. Alston, relator especial das Nações Unidas sobre a pobreza extrema e os direitos humanos.

Mesmo com cerca de 39,7 milhões de pessoas vivendo na pobreza em 2018, o Congresso dos EUA se recusou a aumentar o salário mínimo federal de US$ 7,25 por hora durante uma década.

Segundo os dados do relatório, a disparidade de saúde entre os Estados Unidos e os países com o mesmo nível de desenvolvimento continua aumentando, uma vez que 13,7% dos adultos americanos não tinham seguro saúde no final de 2018, contra 10,9% no final de 2016.

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